A transição energética custará US$ 131 trilhões de dólares em investimentos até meados do século – cerca de US$ 4,4 tri por ano até lá. A conta foi feita pela Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), formada por 167 países. Os valores superam largamente os atuais investimentos globais em energia limpa – foram apenas US$ 300 bilhões de dólares em 2020.
Para chegar ao resultado, a Irena observou as metas climáticas de cada país (NDCs) – e parece não ter gostado muito do que viu. Do total analisado, 182 deles incluíram investimentos em renováveis em seus compromissos durante a COP26, em novembro do ano passado, mas apenas 144 o fizeram de maneira quantificável. Destes, somente 13 se comprometem com um percentual específico de energias renováveis no seu mix energético total, como China, Índia, Indonésia e União Europeia.
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O estudo recomenda que as energias renováveis tenham um percentual claro nas matrizes energéticas nacionais definido por legislações apropriadas e orientado por políticas e financiamentos específicos.
Em tempo 1: A retomada da atividade econômica depois do primeiro ano da pandemia fez a China bater recordes de produção e consumo de carvão em 2021. O Guardian mostra como esse resultado dialoga com as previsões feitas pela IEA na semana passada sobre aumento no uso de energia suja para os próximos 3 anos e consequente crescimento de emissões e tensões políticas e sociais.
Em tempo 2: Na Colômbia, o líder da corrida presidencial, Gustavo Petro, declara guerra aos combustíveis fósseis responsáveis por metade das exportações colombianas. Segundo a Bloomberg, o candidato busca alianças pela descarbonização e defende que seu país se especialize em atividades econômicas mais amigáveis ao ambiente e bem-estar social, como o turismo de natureza. A Time também destaca a agenda ambiental de Petro.
(Via ClimaInfo)