Sergio Mauricio

Conheça o processo da logística reversa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos

A inovação tecnológica na produção de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos propicia constantemente a todos nós, o acesso a produtos com novas funcionalidades e designs que trazem conforto e comodidade para nossas vidas. Esse processo é um convite ao consumo e à substituição dos equipamentos em uso pelas novas versões disponíveis.

É nesse momento que temos que refletir: meu atual equipamento atende às minhas necessidades? Há alguma possibilidade de aproveitamento do equipamento antigo? Caso a resposta seja negativa para as duas perguntas, está na hora de pensar no descarte consciente e ambientalmente adequado do equipamento usado!

De acordo com dados do relatório Global E-Waste Monitor 2020, da Organização das Nações Unidas (ONU), 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram produzidas no planeta em 2019. Devido à falta de conscientização, a população continua realizando o descarte inadequado desses resíduos, capazes de gerar danos irreparáveis à vida humana e ao meio ambiente.

Os equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos podem conter substâncias tóxicas que, quando descartadas em locais inapropriados, entram em contato com o solo, água e ar, causando prejuízos à vida no planeta.

É fundamental que o consumidor tome consciência da importância do descarte correto de seus produtos eletroeletrônicos em final de vida útil. E, tão importante quanto a conscientização, é a informação sobre como podemos contribuir para que os equipamentos se transformem em matéria prima reciclada.

Este processo é conhecido como logística reversa e, de forma simplificada, tem as seguintes etapas:

  • Decisão do consumidor por descartar os seus produtos de forma correta;
  • Realização do descarte nos pontos de recebimento adequados e credenciados;
  • Coleta dos equipamentos nos pontos de recebimento;
  • Transporte para o local de triagem;
  • Triagem e seleção dos equipamentos que podem ou não ser reciclados;
  • Armazenamento temporário (quando necessário);
  • Transporte para uma instalação de manufatura reversa;
  • Descaracterização do produto, segregando as peças e destinando cada uma para o processamento ideal;
  • Processamento dos materiais para a reinserção na cadeia produtiva.

Através da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi estabelecida a responsabilidade de todos os envolvidos nesta cadeia produtiva de forma a diminuir danos ambientais causados pelo descarte errôneo de eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Além disso, o descarte consciente contribui para a economia circular, desenvolvimento econômico e melhor uso de recursos naturais.

*Sergio de Carvalho Mauricio — Presidente executivo da ABREE — Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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Quais eletroeletrônicos e eletrodomésticos podem ser reciclados?

No processo de reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, é normal que surjam, por parte do consumidor, algumas dúvidas a respeito da execução e alcance da logística reversa.

Entre elas, está o questionamento sobre quais itens podem ser descartados de forma ambientalmente correta. Deste modo, ressalto que quaisquer equipamentos de uso doméstico cujo funcionamento dependa do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos podem ser descartados em pontos de recebimento especializados.

O Decreto Federal n° 10.240/2020, que regulamenta a logística reversa, juntamente com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), destaca que todos os produtos eletroeletrônicos de uso doméstico em final de vida útil e seus componentes devem ser descartados de forma adequada a fim de permitir a reciclagem e a reinserção dos materiais em novos ciclos produtivos.

Os produtos são divididos por linhas e todos podem ser reciclados. Essa classificação é baseada no porte e características dos itens para viabilizar sua identificação e finalidade.

Confira as quatro categorias e alguns exemplos de produtos:

  • Linha Branca: refrigeradores, freezers, fogões, lavadoras de roupa e louça, secadoras, condicionadores de ar, entre outros;
  • Linha Azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo, espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras entre muitos outros;
  • Linha Marrom: monitores e televisores de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e VHS, equipamentos de áudio, filmadoras, games etc.;
  • Linha Verde: computadores desktop e laptops, acessórios de informática, tablets e telefones celulares etc.

*Uma lista mais abrangente pode ser encontrada no site abree.org.br

No final do processo, é emitido o Certificado de Destinação Final (CDF), onde estão especificados os detalhes das etapas aplicadas sobre os eletroeletrônicos e eletrodomésticos, quais componentes foram destinados à reciclagem e quais foram dispostos de outra forma ambientalmente adequada.

De acordo com a legislação vigente, a logística reversa de produtos eletroeletrônicos tem responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, mas a participação da população é fundamental.

É o consumidor que inicia o processo através do descarte de seus produtos em final de vida útil. E é dever de todos nós contribuir com esse processo, levando informação e conscientização a que pudermos, para que possamos construir um mundo mais sustentável para as gerações futuras.

*Sergio de Carvalho Mauricio — presidente executivo da ABREE — Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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Os desafios da logística reversa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos pós-consumo no Brasil

No último ano, houve crescimento no consumo de produtos eletroeletrônicos. Segundo pesquisa realizada pela Admitad Affiliate, apenas no primeiro semestre de 2021, o número de compras de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos pela internet cresceu em 34%. Esse cenário intensifica a necessidade da conscientização da população e ações que promovam o descarte adequado dos produtos pós-consumo.

A logística reversa de eletroeletrônicos foi introduzida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Em 12 de fevereiro de 2020 foi assinado o decreto federal nº 10.240/2020, que regulamenta a logística reversa de eletroeletrônicos domésticos em todo o território brasileiro atribuindo a responsabilidade pela estruturação do sistema de forma compartilhada aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Contudo, o processo de logística reversa no Brasil ainda enfrenta muitos desafios:

Cultura da reciclagem

Infelizmente, a grande maioria dos consumidores compram produtos e não pensam em como deverão descartá-los depois de utilizar. A comunicação mais intensa e assertiva é fundamental para levar informação à população e é dever de todos contribuir com esse processo.

O governo e as indústrias têm papel relevante na divulgação, mas também os comerciantes e os veículos de comunicação de massa devem contribuir para que o consumidor entenda que ele é o ponto de partida na logística reversa de qualquer resíduo.

O Brasil é um dos maiores geradores de resíduos no mundo, mas um dos que possui o menor percentual de reaproveitamento, cerca de 3% de tudo que é gerado, é de fato reciclado. Isso é reflexo de uma cultura local que não valoriza o descarte correto de resíduos. Uma vez descartado incorretamente, dificilmente os materiais serão reaproveitados ou inseridos na cadeia produtiva.

Transporte

O problema do transporte de cargas no país, essencialmente rodoviário e carente de infraestrutura, é bem conhecido e afeta toda a economia. Como a Logística Reversa não agrega valor financeiro relevante para as empresas, o desafio é ainda maior e, infelizmente não há perspectiva de solução nos próximos anos.

Reaproveitamento dos materiais

O parque industrial das cadeias reversas de reaproveitamento de produtos usados no Brasil caracteriza-se pela sua dispersão geográfica e por ser constituído por micro ou pequenas empresas, com intensivo uso de mão de obra e baixa tecnologia, redundando em produtividade também baixa. As estimativas mais recentes para o Brasil revelam que as capacidades existentes não serão suficientes para o tratamento das quantidades previstas pela PNRS.

Conflito de interesses

Muitos produtos que deveriam passar por logística reversa para garantir a destinação ambientalmente adequada são descartados sem a devida preocupação e não são totalmente reciclados. Muitas vezes apenas alguns componentes, mais rentáveis, são aproveitados e o restante da massa é destinada de forma inadequada. A principal busca ainda é pela rentabilidade, reduzindo os volumes reciclados e os benefícios ao meio ambiente.

Tratamento fiscal

Apesar da matéria-prima e do produto eletroeletrônico já serem tributados, o produto descartado como resíduo é novamente tributado no seu processo de logística reversa. A isenção de tributação seguramente fomentaria o desenvolvimento da cadeia de reciclagem. Além disso, também não há nenhum incentivo fiscal para estimular a utilização de matéria-prima reciclada, o que poderia acelerar o processo.

Tecnologia

A falta de tecnologia limita a produtividade da manufatura reversa e o reaproveitamento dos materiais reciclados pelas indústrias. A desmontagem e aproveitamento de muitos componentes não é economicamente viável e a heterogeneidade de materiais sem o uso da tecnologia adequada para a separação impede o aproveitamento na produção de larga escala.

Portanto, reforço a importância do desenvolvimento de ações que estimulem a sociedade, consumidor, empresas públicas e privadas para que possamos progredir na logística reversa. Com isso, evitaremos danos ao meio ambiente e a saúde humana, os quais são potencializados pelo descarte inadequado.

Somente a atuação conjunta dos diversos elos da cadeia de valor permitirão superar os desafios existentes e permitir que o país seja mais sustentável.

*Sergio de Carvalho Mauricio — presidente-executivo da ABREE — Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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Grandes eventos esportivos e a importância do descarte correto de resíduos eletroeletrônicos

Há poucos dias do início da Copa, as pessoas buscam aparelhos maiores e mais modernos para assistirem aos jogos. Contudo, boa parte dos consumidores não sabe como fazer o descarte dos eletroeletrônicos obsoletos.

Segundo um levantamento feito pelo The Global Waste Monitor 2020 da ONU, o Brasil é líder na produção de resíduos eletroeletrônicos na América Latina, produzindo, em média, 1,5 toneladas, e descartando somente 3% de forma correta.

Com a chegada do evento futebolístico e da Black Friday, que ocorre na semana do dia 20 de novembro, a taxa de produção e venda desses aparelhos e outros eletroeletrônicos só aumenta e o volume de descarte incorreto acaba sendo intensificado.

Anualmente, mais de 600 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos são descartadas incorretamente no Brasil, segundo estimativa feita pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluente (Abetre).

A tendência é que a quantidade de descarte se intensifique ao longo dos anos e é fundamental que se intensifique ainda mais a conscientização do consumidor para que este descarte seja feito de forma adequada. Assim evitaremos impactos no meio ambiente e danos à saúde humana.

A destinação inadequada dos produtos resulta em impactos climáticos em curto e longo prazo, pois esses aparelhos podem conter metais pesados, micro contaminantes e gases refrigerantes. Portanto, quando descartados no meio ambiente, liberam substâncias poluidoras e quando descartados junto com o lixo doméstico comprometem a vida útil dos aterros sanitários ou trazem ainda mais problemas para os lixões.

Além da logística reversa beneficiar o meio ambiente, ela também contribui para a geração de novos empregos e renda.

O nosso papel, como consumidores, é de extrema importância, pois somos responsáveis pelo início do processo de logística reversa de forma efetiva. Entretanto, nossa colaboração não se resume ao descarte consciente. Podemos e devemos divulgar, informar além de dar o exemplo. Quando divulgamos a importância do descarte adequado de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, contribuímos para que mais pessoas descartem de forma adequada.

No Brasil, o descarte correto de resíduos eletroeletrônicos está previsto na lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, referente à gestão de gerenciamento de resíduos sólidos e pelo decreto federal 10.240/2022 que regulamenta a logística reversa de produtos eletroeletrônicos.

Cientes disso, fabricantes e importadores têm trabalhado no estabelecimento da infraestrutura para o recebimento dos produtos descartados. A ABREE, por exemplo, já possui mais de 4,7 mil pontos nos quais a população pode descartar de forma correta e consciente o seu equipamento em fase final de vida útil. Faça sua parte!

*Sergio de Carvalho Mauricio é presidente-executivo da ABREE — Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos.

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Entenda qual a importância do ESG para o mercado empresarial

Embora o termo ESG – Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) – tenha surgido em 2004, apenas nos últimos anos ganhou relevância expressiva para as empresas.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo Google Trends, a busca pelo tema cresceu 1200% no território brasileiro nos últimos dois anos.

Com isso, é possível notar a movimentação do mercado para as questões ambientais, o que é imprescindível para a sociedade, diante das ameaças provenientes de uma crise climática, a qual afetaria todas as cadeias produtivas.

A sociedade deve desenvolver seus negócios com maior responsabilidade e de forma sustentável. Em todos os setores é possível aplicar as práticas de ESG e colaborar positivamente com o meio ambiente.

Por isso a ONU propôs em 2015 a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas que são um apelo para que todos os atores-chave da sociedade se conscientizem e se engajem com a sustentabilidade do planeta.

O aumento na valorização e discussão sobre essa temática é fomentada também pela mudança de comportamento do consumidor. Segundo o levantamento realizado pela FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná – 87% dos brasileiros entrevistados optam por comprar mercadorias e serviços de empresas sustentáveis.

As empresas não podem mais negligenciar o tripé da sustentabilidade (também conhecido como “triple botton line”) que engloba não somente o resultado financeiro, mas também a responsabilidade social e ambiental. O consumidor demanda essa preocupação do setor empresarial.

Em curto e longo prazo será possível constatar os benefícios deste novo comportamento e as empresas que não adotarem práticas mais sustentáveis perderão espaço entre os consumidores e terão fortes impactos financeiros, podendo até mesmo desaparecer do mercado.

É uma questão de sobrevivência para as empresas e para o planeta!

*Sergio de Carvalho Mauricio — Presidente Executivo da ABREE — Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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A importância da conscientização sobre o descarte correto de eletroeletrônicos e eletrodomésticos

A destinação ambientalmente correta de eletroeletrônicos e eletrodomésticos pós-consumo reduz os impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana. Atualmente, a principal dificuldade no descarte adequado desses produtos é a participação da população.

O consumidor é o ponto de partida da logística reversa e parte fundamental neste processo. Com um conjunto de ações, a logística reversa busca reinserir os resíduos eletroeletrônicos pós-consumo em novos ciclos produtivos.

Prevista por lei, conforme o Decreto Federal 10.240/2020 que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), vigente desde 2010, a logística reversa bem executada permite a redução dos custos de fabricação e de aquisição de matérias primas, além de contribuir de forma expressiva para a redução da poluição ambiental.

Trabalhar com sustentabilidade também gera oportunidades de negócios, renda, novos postos de trabalho e mão de obra qualificada. Segundo o Governo Federal, o processo de reciclagem possui o potencial de gerar dez mil empregos e inserir mais de R$ 700 milhões na economia brasileira. O Brasil precisa disso!

Os fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos estão ampliando a rede de pontos de recebimento para que o consumidor possa descartar seus produtos. Já são quase quatro mil pontos em todo o país e este número continua crescendo.

A implantação desse processo está em ritmo acelerado e estamos convictos da contribuição para a sustentabilidade do país. Contudo, sem a conscientização do consumidor e a criação da cultura de descarte consciente dos resíduos eletrônicos o avanço será lento.

O papel do consumidor na logística reversa é fundamental para garantir a devolução dos eletroeletrônicos e eletrodomésticos no final da vida útil e, dessa forma, garantir que esses produtos tenham uma destinação final ambientalmente correta.

Qualquer divulgação que contribua para levar conscientização e informação ao cidadão brasileiro auxilia o processo e, consequentemente, acelera os resultados.

O momento é de manter o foco e promover a consciência coletiva. O papel mais relevante nessa jornada é nosso. Todos nós podemos e devemos colaborar, deixando um planeta mais sustentável para as próximas gerações!

*Sergio de Carvalho Mauricio — Presidente Executivo da ABREE — Associação Brasileira de
Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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Logística Reversa: saiba como você pode ajudar

O termo sustentabilidade tem se tornado mais comum para população e tem se firmado como uma característica relevante para os consumidores na decisão de compra.

Segundo pesquisa realizada no painel da Berns Communications Group, a geração Z – grupo de pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010 – busca por marcas que compreendam os clientes, tenham foco na sustentabilidade e na comunidade.

Em contrapartida, apesar desta mudança na forma de consumo, o Brasil lidera o ranking da América Latina e ocupa o 5° lugar mundial como o país que mais produz resíduos eletrônicos. De acordo com o relatório da Global E-Waste Monitor 2020 da ONU (Organização das Nações Unidas), o país totalizou a geração de 2,1 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos em 2019.

Infelizmente, apenas uma parcela desses resíduos é reciclada, permitindo a reinserção dos materiais na cadeia produtiva. Grande parte destes produtos ainda são descartados de forma inadequada, e terminam sua vida útil em lixões irregulares, aterros sanitários ou diretamente no meio-ambiente (praias, rios, parques etc.).

O descarte inadequado dos produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos pode acarretar diversos riscos à saúde humana, além de contaminação ambiental. Esses produtos podem conter metais pesados, gases refrigerantes e outros elementos químicos tóxicos, e o manuseio de forma indevida pode ser altamente danoso.

A logística reversa é uma responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores. Porém, cabe a nós, consumidores, o primeiro passo nesse processo: o descarte consciente dos produtos. Essa simples atitude contribui para o meio ambiente e o futuro da sociedade.

Confira abaixo algumas formas de ajudar:

  • Descarte os produtos que você não usa mais: diga adeus aos resíduos que você não está utilizando, evite acumular produtos eletrônicos que estão parados e sem utilidade. Veja se tem itens como: batedeira, ferro elétrico, fone de ouvido, liquidificador, fogão, máquina de costura, micro-ondas, purificador de água, televisão e leve ele ao ponto de recebimento mais próximo de você;
  • Não desmonte os produtos: evite realizar as desmontagens dos resíduos eletrônicos, pois alguns produtos possuem substâncias nocivas à saúde, e devem ser manuseadas apenas por profissionais capacitados;
  • Encontre o local correto para o descarte: para encontrar um dos pontos de coleta de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, basta acessar o site da ABREE https://abree.org.br/pontos-de-recebimento e digitar o CEP residencial e o produto a ser descartado para obter os endereços mais próximos do seu local.

*Sergio de Carvalho Mauricio — Presidente da ABREE Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

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A importância da educação ambiental para o descarte correto de eletroeletrônicos

Em junho, comemoramos o mês do meio ambiente e sabemos que a educação ambiental é algo fundamental para construir valores importantes relacionados com a preservação do planeta. Nesse processo, além de destacar a necessidade de cuidarmos da natureza, devemos refletir também sobre a importância de preservarmos os recursos naturais não renováveis.

Tudo começa com a conscientização do consumidor, que deve buscar equipamentos mais sustentáveis e mudar seus hábitos de descarte dos produtos que já chegaram ao final da vida útil. Os conhecidos 3Rs (Reduzir, Reusar e Reciclar) da sustentabilidade não são mais suficientes. É preciso agregar os R’s de Repensar e Recusar!

Devemos recusar produtos que não são sustentáveis e repensar nossas atitudes em prol do meio ambiente. Os conceitos embutidos nos 5R’s estimulam os consumidores a agirem de forma a reduzir a geração de resíduos deixados no planeta. Isso porque nunca estamos jogando algo fora, tudo o que descartamos fica no planeta, em algum lugar. Quando não descartados corretamente, os resíduos prejudicam o nosso planeta e cada um de nós.

Que tipo de consumidor você é? Faça o teste!

Para facilitar o descarte dos produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos de forma ambientalmente correta, existe a ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos. A entidade gestora possui diversos pontos de entrega voluntária (PEV) para que o consumidor possa descartar seus produtos com a segurança de que terão destinação final adequada.

A associação trabalha com parceiros que realizam o recebimento, transporte, triagem, desmontagem e descaracterização dos produtos para que possam ser reciclados. Dessa forma, os materiais que compõem o produto se transformam em matéria-prima e são reinseridos na cadeia produtiva.

Todos os envolvidos no ecossistema possuem treinamento para evitar riscos à saúde e ao meio ambiente pelo manuseio errôneo dos produtos descartados, que podem conter gases de efeito estufa, óleos e metais pesados que contaminam o solo, o ar e as águas.

Os consumidores podem encontrar os pontos de recebimento da ABREE por meio de buscas com o CEP e o produto a ser descartado, que vão de fone de ouvido a geladeira. Para saber mais, acesse: https://abree.org.br/pontos-de-recebimento

Essa importante educação ambiental, permite com que todos nós mudemos nosso comportamento em relação ao consumo e a forma que lidamos com todos os resíduos que geramos.

*Sergio de Carvalho Mauricio é presidente da ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos).