Uma nova lei que entrará em vigor na quarta-feira, 31 de março, em São Paulo, obrigará as construtoras de novos prédios comerciais e residenciais a instalar sistemas de recarga de carros elétricos nos edifícios.
De acordo com o portal UOL, a lei prevê a disponibilização de um ponto de recarga por vaga de estacionamento. A medição do consumo de eletricidade deverá ser feita de maneira individualizada, com a cobrança sendo feita por boleto do condomínio ou por pagamento no ato no caso de edifícios comerciais.
Estima-se que a instalação desses sistemas de recarga variem entre R$ 36 mil e R$ 60 mil em um condomínio de seis prédios, mas a lei também permitirá que esses equipamentos sejam alugados, a depender da demanda por parte de moradores e clientes. Por outro lado, a legislação desobriga as construtoras de instalar esses equipamentos em empreendimentos construídos para habitação popular e de baixa renda.
Por falar em carro elétrico no Brasil, a Exame fez uma reportagem sobre o interesse dos consumidores na tecnologia, que cresce a passos mais curtos do que em outros mercados, como Europa e EUA. Dados de uma pesquisa feita pela McKinsey mostram que 48% dos brasileiros dizem considerar seriamente a compra de um veículo elétrico, e 10% afirmam terem planos concretos para adquiri-lo.
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Entusiasmo baixo
Em termos de interesse nos veículos elétricos, o entusiasmo do consumidor brasileiro é menor apenas que o do chinês, superando nações como EUA, Alemanha, França e Japão. Os consumidores brasileiros também estariam mais propensos a comprar um carro elétrico por um preço até 20% mais alto que o de um modelo convencional. No entanto, os maiores gargalos no caso brasileiro continuam sendo o preço do produto, muito acima dos veículos equipados com motores a combustão, e a falta de infraestrutura para recarga das baterias.
O Estadão traduziu uma reportagem do NY Times que mostrou o caso de Heidelberg, uma cidade no sul da Alemanha que virou um case de mobilidade pós-automóvel. Para diminuir o impacto ambiental e climático, as autoridades locais restringiram bastante a circulação de automóveis e adaptaram toda a infraestrutura urbana para priorizar o uso de transporte público, com ônibus movido a hidrogênio, e de bicicletas.
Além disso, Heidelberg também está avançando no redesenho de sua organização urbana, de maneira a facilitar trajetos mais curtos por parte de seus moradores, com a oferta de serviços mais próxima de suas residências.