Preço elevado das baterias preocupa montadoras de carros elétricos

Depois de anos com sucessivas quedas de preço, as baterias de íon de lítio utilizadas pela indústria automobilística vão fechar 2022 com alta de 7%
Depois de anos com sucessivas quedas de preço, as baterias de íon de lítio utilizadas pela indústria automobilística vão fechar 2022 com alta de 7%/Foto: Michael Fousert/Unsplash

Por ClimaInfo

Depois de anos com sucessivas quedas de preço, as baterias de íon de lítio utilizadas pela indústria automobilística fecharão 2022 com alta de 7%, estimou a BloombergNEF. O preço médio do item para veículos de passageiros deve ficar em US$ 151/kWh, em comparação com os US$ 141/kWh do ano passado.

O cenário no curto prazo deve continuar desafiador para o setor, já que as matérias-primas mais utilizadas na produção das baterias, como cobalto, níquel e lítio, continuam encarecendo no mercado internacional, por conta de uma capacidade limitada de fornecimento frente ao aumento significativo da demanda nos últimos anos.

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A expectativa é de que os preços voltem a cair, apenas, a partir de 2024.

De acordo com a BloombergNEF, o preço médio das baterias elétricas veiculares poderia ser ainda maior se não fosse pela adoção crescente das baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP), de custo mais baixo, que não utilizam níquel ou cobalto. As baterias LFP ganharam participação no mercado, presentes em cerca de 40% dos novos elétricos vendidos em 2022.

Ainda assim, a alta nos preços das baterias pode dificultar a adoção dos veículos elétricos pelos consumidores nos principais mercados globais, como Estados Unidos e Europa.

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Em tempo: com europeus e americanos batendo cabeça em relação aos incentivos para a indústria de carros elétricos, as empresas chinesas estão aproveitando seu know-how para assumir o papel de principal fornecedora de baterias para as montadoras europeias.

Estimativas do setor citadas pelo Financial Times indicam que a China deve assumir a liderança no mercado europeu até 2031, com capacidade de 322 gigawatts/hora de capacidade instalados, à frente de empresas dos EUA, Coreia do Sul e Suécia.

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