O aumento do consumo elétrico dentro de casa durante o período de isolamento que se estende no Brasil tem reforçado a principal vantagem no uso da energia solar: a economia na conta de luz.
A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil e, assim como no resto do mundo, fez com que a maioria da população se isolasse em suas casas e readaptasse seu estilo de vida.
Enquanto muitos adultos adotaram o trabalho por home office, crianças e adolescentes mantêm seus estudos em formato EAD, tudo através de dispositivos eletrônicos e acesso Wi-Fi.
Energia solar é alternativa
O resultado direto disso, claro, é o aumento nas já onerosas contas de luz que não param de chegar e que afetam o orçamento da maior parte dos consumidores.
Exceto para o público de brasileiros com energia solar residencial que, hoje, chega a mais de 156 mil no país, de acordo com o banco de dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Abastecidos pela luz do sol, esses moradores conseguem gerar toda ou parte da energia que consomem em sua casa, resultando em uma economia de até 95% na conta de luz mensal.
Para isso, os sistemas devem ser projetados de acordo com o consumo de cada residência, trabalho feito pelas empresas de energia solar que comercializam e instalam a tecnologia.
Validade dos créditos
São esses créditos, criados pela Aneel em sua Resolução Normativa 482, que abatem a energia que o consumidor utilizou da rede durante a noite, período sem geração do sistema, e que possibilitam a economia na conta.
De acordo com as regras atuais do segmento de geração distribuída da Aneel, esses créditos ainda possuem validade de uso por cinco anos após serem gerados.
É dessa forma que muitos consumidores, mesmo com o aumento do consumo no isolamento, conseguiram manter a economia de 95%, pois possuíam créditos acumulados de meses anteriores.
Da mesma maneira, empresas e comércios que investiram nos sistemas, e que agora estão paralisados, seguem colhendo os frutos da tecnologia e acumulando os créditos.
A redução na conta, junto com outras vantagens dos sistemas, como imunidade contra a inflação e a vida útil acima de 25 anos, segue puxando o número de instalações a cada ano no Brasil.
Com preços dos equipamentos em queda e mais de 70 linhas de financiamento em energia solar disponíveis, a tecnologia deixou de ser artigo de luxo e está mais acessível aos consumidores.
Cenário favorável
Uma boa notícia para 90% deles que desejam gerar energia renovável em suas casas, segundo o resultado da pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência divulgado no ano passado.