ODS: dois terços dos indicadores sobre crianças estão atrasados

No interior da Bahia, o UNICEF e seus parceiros encontraramYasmin e suas irmãs e levaram as meninas para a escola

Agora, eles têm a chance de quebrar o ciclo de
analfabetismo e ter um futuro diferente de sua mãe e avó
Crianças frequentam escola no interior da Bahia/Foto: Libório/Unicef

Dois terços dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados ao bem-estar e direitos das crianças encontram-se atrasados, o que coloca em risco 1,9 bilhão de menores de idade em 140 países. O alerta foi feito nesta segunda-feira, 18 de setembro, pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Divulgado na véspera da Cúpula dos ODS e do debate anual da 78ª Assembleia Geral da ONU, que serão realizadas nesta terça-feira (19), em Nova York, o documento “Progressos no bem-estar da crianças: centrar os direitos da criança na Agenda 2030” reivindica a necessidade de acelerar as medidas necessárias para cumprir os objetivos. “Só será possível se o mundo colocar as crianças no centro das agendas nacionais”.

De acordo com dados do Unicef, até o momento, apenas 150 milhões de crianças (6% do total da população infantil) em 11 países têm 50% das metas contempladas, o que equivale ao nível mais alto de realização em nível mundial.

“Se os progressos previstos se mantiverem, apenas um total de 60 países – que abrigam 25% da população infantil – terão alcançado suas metas até 2030, deixando para trás cerca de 1,9 bilhão de crianças em 140 nações”, informa o relatório.

Objetivos mais distantes

Segundo o documento, os objetivos relacionados à proteção, aprendizagem e a uma vida sem pobreza são os mais distantes de suas metas. O relatório menciona que crises de âmbito global, como os impactos causados pela pandemia da Covid-19, contribuíram para o atraso referente ao cumprimento destes ODS.

O documento destaca que investir no direito das crianças impulsiona e sustenta resultados para a sociedade em geral, pois as intervenções nos primeiros anos de vida são as mais eficazes para erradicar a fome, pobreza, falta de saúde e as desigualdades.

No caminho rumo ao cumprimento da Agenda 2030, o Unicef reforça, ainda, a necessidade de compromissos políticos, aumento significativo de investimentos em áreas como proteção social, educação, saúde e estabelecimento de parcerias sólidas.

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