Marketplace fomenta empreendedorismo sustentável da periferia

Startup Ecociclo, comandada por quatro mulheres periféricas, avança no mercado empreendedor

Reconhecida por ter desenvolvido o primeiro absorvente biodegradável do Brasil, a startup Ecociclo, comandada por quatro mulheres periféricas, avança no mercado empreendedor e lança nesta segunda-feira, 7 de junho, um marketplace voltado para empreendedoras da periferia que comercializam produtos sustentáveis. A iniciativa é realizada em parceria com o Salvador Resiliente, programa da Prefeitura de Salvador que tem o objetivo contribuir para a retomada econômica da capital baiana.

“Acreditamos que sustentabilidade também é cuidar das pessoas e no decorrer do nosso trabalho com o absorvente, formamos centenas de mulheres em assuntos como empreendedorismo, jurídico, sustentabilidade e acabamos construindo uma rede. A partir disso, muitas pessoas passaram a nos procurar, inclusive querendo consumir outros produtos sustentáveis e, como não oferecíamos, indicávamos outras mulheres da periferia, fazendo essa conexão”, explica Hellen Nzinga, CoFounder da EcoCiclo.

“Esse foi o ponto de partida para onde estamos agora, com a proposta de automatizar esse processo através do e-commerce, continuar levando conhecimento, tudo com o objetivo maior de tornar Salvador uma cidade sustentável de referência para o mundo”, acrescenta a empreendedora.

Na plataforma de marketplace as mulheres podem vender seus produtos com a infraestrutura e segurança de um shopping online, além de contarem com acesso às mentorias sobre empreendedorismo, vendas, marketing e logística, gratuitamente, e dispor de inteligência de mercado para seu negócio por meio do recurso de Business Intelligence (BI).

Toneladas de rede de pesca são transformadas em produtos ecológicos

Orientações especializadas

Dessa forma, com base nos dados colhidos na comercialização de produto ou serviço na plataforma, a empreendedora recebe orientações especializadas para otimização da sua loja virtual.  O intuito é utilizar as informações em estratégias para aumentar os resultados, reduzir custos e encontrar oportunidades de negócios.

Na estreia, quatro empresas já estarão com seu produtos disponíveis para o público: Óleos da Mi, que comercializa óleos e manteigas vegetais; Costura Solidária Sustentável, formada por um grupo de mulheres negras costureiras que produzem peças como bolsas e aventais; Acolhe, que oferece cosméticos naturais e a OiFlor, que vende produtos feito à mão e da terra, como vasos e bacias para plantas.

As mulheres interessadas em integrar a plataforma farão um pré-cadastro que será destinado para avaliação e, em caso de aprovação, serão chamadas para um processo seletivo. “Para fazer parte desse projeto é preciso haver conexão com aquilo que acreditamos. Então, não é uma plataforma onde a pessoa se cadastra e entra. Há algumas etapas a serem cumpridas, sobretudo porque o nosso intuito é fazer com que esses negócios prosperem e com qualidade”, finaliza Patrícia Zanella, cofundadora da startup.

Saiba mais sobre a iniciativa: https://www.ecociclooficial.com.br/ 

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