A biotecnologista baiana Anna Luísa Beserra, 24 anos, está entre as 40 personalidades da ciência de todo o mundo que participam nesta terça-feira, 7 de dezembro, do For Women in Science, iniciativa da Fondation L’Oréal e Unesco cujo objetivo é reconhecer a importância das mulheres para o desenvolvimento científico.
Agora, enquanto o mundo começa a se reconstruir, o Festival visa iluminar as mulheres cientistas e pesquisadoras STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics) que estão fazendo a diferença em nosso mundo pós-Covid.
Artigo: meninas e mulheres na ciência
Essas cientistas foram convidadas a gravarem uma palestra estilo TED Talk, contando sobre suas iniciativas e desafios, com o objetivo de incentivar que mais mulheres e jovens se engajem nessas áreas.
O Talk de Anna é sobre os desafios que ela enfrentou ao iniciar sua carreira na ciência aos 15 anos. Todos os Talks serão transmitidos pela Fondation L’Óreal no seguinte endereço (a apresentação das latino-americanas está prevista para às 16h, horário de Brasília): http://events.forwomeninscience.com
Fascínio pela ciência
Anna Luísa tem 24 anos e é formada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Fascinada pela ciência e com o desejo de mudar o mundo, aos 15 anos criou uma tecnologia para tratar a água usando apenas a luz do sol, o Aqualuz.
Esse dispositivo deu origem a startup Sustainable Development & Water For All – SDW, que é premiada internacionalmente pela ONU, e que hoje já está mudando vidas por todo o Nordeste brasileiro. Dentro da empresa, Anna Luísa já desenvolveu quatro tecnologias sociais, de purificadores de água à energia solar até banheiros secos capazes de transformar a matéria orgânica em adubo para plantas. Ao todo, ela já conseguiu impactar mais de 13 mil brasileiros, ofertando água potável de qualidade e saneamento básico.
O que é empreendedorismo de impacto social?
Além de Anna, a física e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Márcia Barbosa, também representa o Brasil no For Women in Science, evento que já reconheceu 3.600 mulheres cientistas.