Pela primeira vez, investimentos em renováveis se equiparam a fósseis

A geração solar e eólica representou a maior parte dos investimentos de 2022, atingindo US$ 495 bilhões (aumento de 17%)/Foto: Andreas Gücklhorn/Unsplash
A geração solar e eólica representou a maior parte dos investimentos de 2022, atingindo US$ 495 bilhões (aumento de 17%)/Foto: Andreas Gücklhorn/Unsplash

Por ClimaInfo

O ano de 2022 marcou um fato inédito na transição energética global. Pela primeira vez, o total de investimentos destinados para a expansão de fontes renováveis de energia se igualou aos valores destinados para a produção de combustíveis fósseis. Os dados são da BloombergNEF.

Segundo o levantamento, o volume de recursos canalizados para a indústria de combustíveis fósseis e para a geração de energia a partir de petróleo, gás e carvão foi de US$ 1,1 trilhão no ano passado. Da mesma forma, o investimento em energia renovável, transporte eletrificado e armazenamento de energia e outras tecnologias atingiu o mesmo patamar, de US$ 1,1 trilhão.

Outro marco importante de 2022 foi o fato de que, também pela primeira vez na história, o total de investimentos em energias renováveis e descarbonização ultrapassou US$ 1 trilhão. De 2021 a 2022, houve um salto de mais de US$ 250 bilhões no total de investimentos aplicados na transição energética, a maior variação positiva desde 2004, quando começou o levantamento.

A geração solar e eólica representou a maior parte dos investimentos de 2022, atingindo US$ 495 bilhões (aumento de 17%), com os veículos elétricos logo atrás, com US$ 466 bilhões (+54%, o maior valor investido neles na história). Quase metade de todos os investimentos globais em transição energética (US$ 546 bi) aconteceram na China, seguida pelos países da União Europeia (US$ 180 bi) e dos Estados Unidos (US$ 141 bi).

Por outro lado, os dois menores setores de investimento foram aqueles vistos por muitos na indústria como os “queridinhos” do futuro da transição energética: captura e armazenamento de carbono (US$ 6,3 bilhões) e produção de hidrogênio (pouco mais de US$ 1 bilhão).

Se os valores absolutos são bem menos expressivos, o crescimento observado em 2022 também foi notável: o investimento em captura de carbono quase triplicou, enquanto o hidrogênio mais que triplicou.

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