Hidrogênio de baixo carbono: 4 rotas consideradas promissoras

Projeto multidisciplinar do IPT avalia quatro rotas consideradas como promissoras para a produção de hidrogênio
Projeto multidisciplinar do IPT avalia quatro rotas consideradas como promissoras para a produção de hidrogênio

Pesquisadores e técnicos de cinco laboratórios e núcleos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estão envolvidos em um projeto multidisciplinar para avaliar quatro rotas consideradas como promissoras para a produção do hidrogênio de baixo carbono.

Quatro rotas consideradas como promissoras para a produção de hidrogênio, baseadas em processos de diferentes naturezas tecnológicas foram selecionadas para o projeto. A primeira delas é a rota biotecnológica que visa a obtenção de hidrogênio a partir da fermentação da vinhaça, que corresponde a um dos principais subprodutos da produção de etanol.

A segunda rota é a desginada “RSU- resíduos sólidos urbanos” que se baseia na geração de hidrogênio pela reação de reforma à seco do biogás produzido a partir da fração orgânica de resíduos sólidos urbanos (FORSU), utilizando a planta de biodigestão localizada no município de Bertioga (SP), que foi criada no âmbito do projeto IPT RSU Energia – ‘Um Programa IPT de Apoio às Prefeituras nas Decisões Relativas a Resíduos Sólidos Urbanos’.

A terceira rota estudada é a termosolar, que se propõe ao estudo da geração de hidrogênio por ciclos termoquímicos utilizando a energia solar como fonte de calor e substâncias carreadoras de energia, como óxidos metálicos, que permitem estagiar a reação dissociação da molécula de água em menores temperaturas. A quarta e última rota estudada é a eletrolítica, que consiste na obtenção de hidrogênio a partir da eletrólise da água utilizando a energia elétrica proveniente de plantas fotovoltaicas, sendo esta a de maior prontidão tecnológica.

“O processo de produção de hidrogênio a partir dos resíduos sólidos urbanos tem potencial para endereçar os problemas de aterros e lixões, pois parte dos gases do efeito estufa produzidos são diretamente emitidos na atmosfera, como o metano e o dióxido de carbono, e podem ser convertidos em fontes nobres e diretas de energia. São várias as rotas pesquisadas hoje no Brasil e cada uma pode beneficiar diferentes setores da indústria e da sociedade, mas esta é uma rota importante visto que ataca um problema (aterros e resíduos urbanos) e uma solução (hidrogênio e biocombustíveis) de maneira sinérgica”, afirma o diretor da Unidade Energia do IPT, João Carlos Sávio Cordeiro.

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