Entre as pautas do Fórum, que tem como público-alvo empresários, setor acadêmico e sociedade civil, estarão os rumos da mineração no Século 21, a Economia Circular e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, conjunto de 17 indicadores socioambientais estabelecidos em 2015, cujo prazo para o cumprimento dos países signatários (entre os quais o Brasil) expira em 2030.
“Realizamos no ano passado, em Salvador, o I Fórum Internacional de Inovação e Sustentabilidade na Mineração, que foi um grande sucesso. Agora articulamos este evento em nível regional, levando-se em conta que Juazeiro é um centro muito importante, próximo a cidades mineradoras”, destaca o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antônio Carlos Tramm.
O presidente da CBPM enfatiza a importância do setor da mineração para toda a sociedade ao defender que falta, muitas vezes, divulgar melhor as ações deste segmento. “Queremos disseminar a importância da mineração, um setor extremamente aliado da inovação e da sustentabilidade. A geração de empregos diretos é muito importante, mas o impacto da atividade vai além disso, porque fomenta o setor de serviços. A remuneração média do setor é duas vezes maior que a das indústrias e da construção, e chega a três vezes o que é pago no comércio”, observa Tramm.
Competitividade
Para o diretor da Mineração Caraíba, Manoel Valério de Brito, a expectativa em relação ao Fórum é fazer com que os ODS cheguem ao conhecimento da sociedade em geral (poder público, universidades e cidadãos), além de demonstrar como eles contribuem para uma melhor qualidade de vida da população. “Dessa forma, queremos motivar o engajamento de todas essas entidades.”
Presente na Bolsa de Toronto (Canadá) desde 2017, a Mineração Caraíba já atuava em consonância com os indicadores dos ODS muito antes de 2015, quando eles foram estabelecidos, o que foi fundamental para o sucesso da companhia situada em Jaguarari, no norte baiano, em nível internacional. Atualmente, a empresa conta com forte atuação nas práticas de Environment, Social e Governance (Ambiental, Social e Governança), que consideram a sustentabilidade dentro da estratégia financeira das organizações.
“Em nossa palestra, vamos abordar que nós evoluímos nessa questão de sustentabilidade e governança. As empresas precisam estar alinhadas com esses conceitos e práticas, porque o nosso produto [cobre] é de mercado mundial. Os investidores são de âmbito global. Isso reduz o risco financeiro, porque o investidor percebe que a empresa segue normas internacionais, tem indicadores socioambientais. Vamos nos ajustar cada vez mais a esses objetivos, mensurando e dando valor a eles”, projeta Brito.
A Mineração Caraíba já atuava em consonância com os indicadores dos ODS muito antes de 2015 |
Visão ESG
Diretor da Rede Global WorldWatch Institute (WWI) no Brasil, Eduardo Athayde lembra que a entidade apoiou a CBPM no ano passado, quando a Companhia adotou, oficialmente, os ODS, fato que gerou reconhecimento de entidades como o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Ministério de Minas e Energia (MME) e revistas especializadas.
“O debate precisa também ir aos locais onde as operações minerais ocorrem. O WWI vem ajudando o setor mineral na implementação da Agenda 2030 e na visão ESG, já adotadas pelas principais agências de risco, como Moody’s, S&P (Standard & Poor´s) e Fitch. Em nível internacional, bolsas de valores como a de Toronto e a de Londres, onde concentram-se negócios de commodities minerais, já operam na dimensão ODS/ESG, observando as governanças econômica, social e ambiental das mineradoras”, afirma Athayde.
Fundada há 50 anos juntamente com o Fórum Econômico Mundial, a Rede Global WWI é uma referência internacional com foco em inovação e sustentabilidade. A entidade produz cenários baseados em fatos e dados usados globalmente por empresas, governos, academia e ONGs na elaboração de planejamentos e projetos de desenvolvimento sustentável. No Brasil, apoia estados, municípios e corporações na aplicação dos ODS e na adoção de critérios ESG de gestão.
As inscrições para o I Fórum Regional de Sustentabilidade, Inovação e Desenvolvimento na Mineração são gratuitas e podem ser feitas através deste link: https://www.even3.com.br/frsim2020/
Serviço
O que: I Fórum Regional de Sustentabilidade, Inovação e Desenvolvimento na Mineração
Onde: Complexo Multieventos da Univasf, Rua Do Paraíso, Juazeiro – BA, 48903-055.
Quando: sexta-feira, 27 de novembro.
Horário: das 8h30 às 17h30.
Inscrições: https://www.even3.com.br/frsim2020/
Programação
8h00 – 8h30 – Credenciamento
8h30 – 9h00 – Mesa de abertura com autoridades e representante do Ministério de Minas e Energia
9h00 – 9h25 – Apresentação Cultural
MESA REDONDA 01 – Mineração, Inovação e Sustentabilidade
09:30 – 10:15 – Manoel Valério de Brito (Diretor da Mineração Caraíba – Palestra: Os Rumos da Mineração Caraíba em governança e sustentabilidade;
10h20 – 11h05 – Eduardo Athayde (Diretor WorldWatch Institute – WWI Brasil) – Palestra: Inovação e Sustentabilidade na Mineração e ODS
11h10 – 12h00 – Debates. Moderador: Antônio Carlos Tramm (Presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM)
12h00 – 13h55 – Almoço
MESA REDONDA 02: A Agenda 2030 da ONU e as Instituições Públicas e Privadas na Execução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
14:00 – 14:45 – Helinando Pequeno de Oliveira (Coordenador das atividades do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos na UNIVASF) – Palestra: Inovação, Sustentabilidade e Economia Circular
14:50 – 15:35 – Baldoíno Dias Neto (Geólogo, Professor Efetivo Geologia, Minérios, Meio Ambiente, IFBA – Campus Jacobina) – Palestra: As Potencialidades do Município de Campo Formoso na Mineração e os desafios do Município para Atender os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável;
15:40 – 16:30 – Debates. Moderadora: Lúcia Marisy Souza Ribeiro de Oliveira (Pesquisadora do PPGADT).
16:30 – Reunião Plenária para confecção e homologação da Carta Juazeiro Mineração, Sustentabilidade e Inovação.
17h00 – Apresentação Cultural: Kátia PPGExR Repente ou Poema
17h30 – Encerramento
Mineração na Bahia
- Empregos gerados: 20 mil diretos
- Mão de obra local empregada: 75%
- Crescimento de janeiro a outubro de 2020: 63%
- Produção comercializada de janeiro a outubro: R$ 4,7 bilhões
- Projeção de investimentos (próximos três anos): R$ 70 bilhões
- Crescimento da produção no estado desde 2017: 20% a 30%
Fontes: Sindimiba e ANM.
Você sabia?
A Bahia tem 47 minérios identificados. É líder na produção de diamantes, magnesita, talco, dentre outros. Segunda maior em níquel, terceira maior em cobre e rochas ornamentais.