A Fundação Espaço ECO e o Instituto Akatu desenvolveram um estudo para entender a mobilidade urbana a partir das condições brasileiras. Foi utilizada a metodologia de Análise de Ciclo de Vida (ACV) para analisar os impactos ambientais dos diferentes modais usados nas cidades em toda a cadeia: produção do equipamento, transporte em toda cadeia, uso, manutenção e descarte.
A pesquisa teve como foco a cidade de São Paulo devido à diversidade de alternativas de modais e hábitos de consumo da população, além do acesso a bases de dados existentes e secundários para reunir as informações que permitiram as análises. “O objetivo foi compreender e medir os impactos ambientais de produtos e processos. Assim, traduzimos a sustentabilidade para o dia a dia das pessoas”, comenta Rodolfo Viana, diretor-presidente da Fundação Espaço ECO.
“Com esse estudo, indicamos caminhos para o consumidor diminuir o impacto ambiental de seu deslocamento como, por exemplo, a partir do compartilhamento de modais, utilização de combustíveis renováveis, realização de manutenções periódicas no equipamento, cuidado e descarte corretos dos equipamentos e peças e a priorização do uso do transporte público. Em cima disso, dentro de suas rotinas, os consumidores podem encaixar essas sugestões para melhorar o impacto ambiental da mobilidade urbana”, destaca Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
Na pesquisa com base na ACV, é considerado o desempenho ambiental de cada alternativa de transporte, sem considerar outros fatores na escolha do consumidor, como o econômico, o social, a conveniência, o conforto e a segurança. Os principais meios de transporte estudados foram a bicicleta, o patinete elétrico, motocicleta, carro, ônibus e metrô.
Impactos ambientais
Cada um apresenta maior impacto ambiental em alguma parte do processo, seja na produção, devido aos materiais usados na base, ou no uso devido à queima de combustíveis fósseis, como também na manutenção ou descarte.
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Uso e manutenção
Também é importante realizar manutenções regulares no carro ou na moto para se ter um melhor rendimento e eficiência no consumo do combustível, assim como privilegiar o uso compartilhado, o que significa compartilhar também o impacto ambiental, diminuindo a carga individual.
A comparação entre os usos individual e compartilhado apresenta diferenças a favor do individual, desde que feito um uso frequente. O principal cuidado por parte do consumidor para diminuir os impactos ambientais deve ser o aumento da vida útil da bateria de lítio: para isso, ela não deve ser carregada acima de 80% da carga máxima ou descarregada abaixo de 20%.
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Para Rodolfo Viana, “O estudo busca ajudar a população a fazer escolhas conscientes e conhecer melhor os impactos ambientais dos principais meios de transporte utilizados.” É importante lembrar que a pesquisa não considerou as variáveis inseridas pela pandemia e considerou as bases de informações referentes ao ano de 2019.