Uso de energia solar faz Salvador Bahia Airport evitar a emissão de mais de 620 toneladas de CO²

Os painéis fotovoltaicos possuem certificação de resistência a corrosão por amônia e salitre (sal do mar carreado em suspensão pelos ventos), o que é importante para garantir maior durabilidade dos equipamentos
Os painéis fotovoltaicos possuem certificação de resistência a corrosão por amônia e salitre (sal do mar carreado em suspensão pelos ventos), o que é importante para garantir maior durabilidade dos equipamentos/Foto: Will Recarey

O compromisso do Salvador Bahia Airport, integrante da rede VINCI Airports, com soluções mais sustentáveis para o meio ambiente tem resultado em balanços positivos, principalmente na geração de energia limpa e ampliação da autonomia energética do terminal.

De acordo com o balanço mais recente, em 2023, o aeroporto gerou mais de 7 milhões de kwh, uma média de 600 mil kwh por meio de uma energia solar instalada ao lado da pista de pouso e decolagem. Essa autonomia seria suficiente para abastecer, anualmente, uma comunidade de 4.100 habitantes, segundo os dados de consumo per capita na Bahia divulgados no Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2023.

O uso de energia renovável contribuiu para que o aeroporto deixasse de emitir 625,05 toneladas de CO² na atmosfera apenas no ano passado, alcançando uma redução de 87% na emissão de carbono na comparação com o início da Concessão, em 2018.

Em relação a 2022, a geração de energia cresceu mais de 140 mil kwh, alavancada principalmente pela instalação, em dezembro do ano passado, de 1125 painéis fotovoltaicos na cobertura do Terminal Internacional de Cargas (TECA) – local onde são recebidas, armazenadas e expedidas as mercadorias e cargas de importação e exportação através do modal aeroviário.

“Projetamos, para o balanço de 2024, números ainda maiores de geração e autossuficiência energética no aeroporto e redução das emissões de gás carbônico com a consolidação desta estrutura complementar à usina solar que foi instalada em 2020”, afirma Alessandra Reis, gerente de Meio Ambiente do aeroporto.

Além disso, o aeroporto gerencia o consumo de eletricidade, buscando a sua redução através da eficiência e priorizando soluções com base em fontes limpas ou menos poluentes.

Pioneiro em ações de sustentabilidade no país, o Salvador Bahia Airport busca ampliar o uso de energia limpa em suas operações. Atualmente, 30% da energia consumida pelo Terminal de Passageiros provém da usina solar. Os outros 70% são provenientes da compra de energia limpa no mercado livre. “Estamos constantemente em busca de soluções que reforcem nosso compromisso em diminuir as emissões de poluentes, impulsionando a sustentabilidade no setor aeroportuário nacional”, avalia Alessandra.

No ano passado, o Salvador Bahia Airport alcançou, de forma antecipada, o objetivo estabelecido pela VINCI Airports de reduzir pela metade as emissões internas de carbono até 2030. O foco agora é atingir a emissão líquida zero (escopos 1 e 2) até 2050.

Como funciona o abastecimento do TECA

A usina presente na cobertura do Terminal Internacional de Cargas – TECA tem potência instalada de 482 kWp. Além disso, há 4 inversores de corrente contínua para corrente alternada, com 370 kW de potência total, ocupando toda a área do terminal, que é de aproximadamente 3.540 m². O sistema de geração de energia solar do TECA tem capacidade de geração de 63.420 kWh/mês ou 761 MWh/ano, o que corresponde a 102% do consumo energético do terminal. Assim, toda a área do terminal passa a ser atendida por energia limpa e renovável.

Como a geração de energia solar realizada pela usina supera o consumo local, o excedente é injetado na rede elétrica através do ponto de entrega da distribuidora. O que acaba sendo produzido em demasiado é usado pelo TECA, cujas áreas internacionais operam diariamente e de maneira ininterrupta. O fato, consequentemente, acaba exigindo consumo constante de energia de diversas formas, como: utilização de carregadores elétricos para as baterias das máquinas empilhadeiras que movimentam as cargas, sistema de iluminação, uso de aparelhos de ar-condicionado das salas climatizadas e câmaras frias, dentre outros.

Durante a noite, quando não há captação de energia do sol, o inversor deixa de operar e se mantém em estado de stand-by, minimizando o autoconsumo do sistema. Quando o sol aparece e o sistema pode voltar a gerar energia de forma suficiente, a unidade de controle e regulação inicia a supervisão da tensão e da frequência da rede, começando o processo de geração energética, de forma que a operação dos inversores seja completamente automática. Além disso, o aeroporto gerencia o consumo da eletricidade, buscando a sua redução através da eficiência energética e priorizando soluções com base em fontes limpas ou menos poluentes.

A instalação da usina de energia solar no terminal de cargas aéreas internacionais do Salvador Bahia Airport reforça o compromisso da VINCI Airports com a sustentabilidade e o meio ambiente e mostra que é possível impulsionar a resiliência ambiental dentro da indústria aeroportuária.

Estrutura com foco na durabilidade

Os painéis fotovoltaicos possuem certificação de resistência a corrosão por amônia e salitre (sal do mar carreado em suspensão pelos ventos), o que é importante para garantir maior durabilidade dos equipamentos, especialmente devido à proximidade do aeroporto com a orla de Salvador e de Lauro de Freitas. Já a estrutura de fixação dos painéis solares de alumínio, aço inox ou aço galvanizado foi produzida especificamente para aplicações de sistemas de energia fotovoltaica.

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