Energia solar distribuída: Brasil atinge marca de 2 milhões de sistemas instalados

Ao todo, são 22 gigawatts (GW) solares de potência instalada em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e propriedades rurais/Foto: VD Photography/Unsplash
Ao todo, são 22 gigawatts (GW) solares de potência instalada em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e propriedades rurais/Foto: VD Photography/Unsplash

A geração distribuída a partir de painéis solares fotovoltaicos superou os 2 milhões de sistemas instalados em todo o país. Ao todo, são 22 gigawatts (GW) solares de potência instalada em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e propriedades rurais. Isso representa 4% da capacidade total de todo o parque gerador de energia elétrica do Brasil, informou o ClimaInfo.

Em cerca de um mês houve o acréscimo de 1 GW de potência. Ao longo deste ano, já são 3,96 GW implantados, com 348 mil novas instalações atendendo 464 mil consumidores. Nos últimos 12 meses, o avanço foi de 8,81 GW, representando um crescimento de 66%, detalha o Portal Solar.

7 razões que impulsionam a energia solar fotovoltaica

Com 3,06 GW de capacidade instalada – sendo 2,99 GW solares –, Minas Gerais retomou a liderança na geração distribuída do país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em março, o estado havia sido superado por São Paulo, que conta com 3,00 GW instalados (2,98 GW fotovoltaicos), detalha a epbr. Os dois estados são seguidos por Rio Grande do Sul (2,26 GW em potência solar), Paraná (2,13 GW solares) e Santa Catarina (1,35 GW solar).

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a tecnologia já está presente em todos os estados e em 5.530 municípios. A meta, segundo Bárbara Rubim, vice-presidente da entidade, é atingir todas as 5.570 cidades do país, explica a Agência Brasil.

“Isso confirma não só o potencial enorme que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, mas também fazendo sua parcela, para ajudar com o desenvolvimento sustentável do país”, disse ela.

Em tempo: algumas obrigatoriedades envolvendo a inclusão da energia solar fotovoltaica no programa Minha Casa Minha Vida estão gerando um embate que pode prejudicar a iniciativa, que é positiva por descentralizar a geração elétrica, e com uma fonte renovável.

Agentes do setor e a Aneel alegam que a compra compulsória da energia por parte das distribuidoras – e por um preço bem acima do mercado – e o desconto de 50% no valor mínimo faturável pelo uso do sistema de distribuição pode gerar uma conta extra anual de R$ 1 bilhão para os demais consumidores, lembra o UOL.

Por causa disso, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse que as novas unidades do MCMV não terão painéis solares, segundo o Poder 360. Jader Filho afirmou que está buscando uma “solução equilibrada” com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mas que, no novo modelo, o valor das placas que seriam instaladas nos imóveis será usado para “adquirir energia de fazendas solares” – o que acaba mantendo o antigo sistema de compra de energia via distribuidoras.

Em 30 anos, 80% da energia do mundo será renovável

Renováveis atraem mais investimento que fontes fósseis

As energias renováveis são “coisa do presente”. Elas estão cada vez mais presentes nas matrizes energéticas dos países, ainda que de forma desigual, se compararmos China, Estados Unidos e União Europeia, onde crescem a todo vapor, com a África e a Ásia. A rápida expansão indica que o setor está alinhado às necessidades de economias de baixo carbono. Se a tempo ou não é outra história.

O investimento global em energia renovável deverá alcançar US$ 1,7 trilhão em 2023, superando, pelo oitavo ano consecutivo, o montante destinado aos combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), que deverá ficar em pouco mais de US$ 1 trilhão.

A conta, lembra o Valor, é do relatório World Energy Investment 2023, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), e engloba geração por fontes renováveis, veículos elétricos, redes inteligentes, armazenamento, combustíveis de baixa emissão e eficiência energética. O problema é que inclui também energia nuclear, considerada “limpa” por não emitir gases de efeito estufa, mas perigosa demais para ser vista como tal.

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