Dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) mostram que a geração da energia proveniente do sol registrou um crescimento significativo no País em 2020, impulsionada pela queda persistente no preço dos equipamentos observada nos últimos anos.
No ano passado, a capacidade instalada chegou a 7,5 GW, com um crescimento de cerca de 63% na comparação com 2019 (4,6 GW). Esse crescimento também foi catalisado por novos investimentos que somaram cerca de R$ 12 bilhões em 2020. Desse total, quase 80% foram direcionados para projetos de geração distribuída, que responderam por 2,2 GW desse aumento.
Para 2021, a expectativa é de que o setor registre mais crescimento, a despeito das dificuldades econômicas enfrentadas pelo Brasil. A Absolar prevê que a capacidade instalada no País alcance 12,6 GW neste ano, beneficiada por R$ 22,6 bilhões em novos investimentos previstos.
O Estadão ouviu representantes da indústria solar e especialistas para analisar o potencial dessa fonte energética no Brasil. “Enxergamos uma transformação do setor elétrico no Brasil e um crescimento da matriz, com a capacidade de geração mais que dobrando até 2050, somando 250 GW de nova capacidade. Quase 50% disso será com fonte solar”, explicou Luiza Demôro, analista da Bloomberg NEF, citada pelo Portal Solar.
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Diversificação da matriz
Em tempo: prejudicado pela estiagem prolongada nas regiões das principais usinas hidrelétricas, o Brasil terá em 2021 seu menor aumento de capacidade de geração elétrica em nove anos. Segundo O Globo, o governo federal enxerga esse cenário com preocupação, especialmente se o País retomar o crescimento econômico nos próximos anos, e pretende intensificar a diversificação da matriz elétrica nacional, com foco na geração termelétrica, eólica e solar.
A ideia é diminuir a fatia das hidrelétricas no total de capacidade de geração elétrica nacional, caindo de 58% em 2021 para 49% em 2030. Por outro lado, a geração eólica deve crescer de 9% neste ano para 13% ao final desta década.
(Via ClimaInfo)