A força e a criatividade de Ruivaldo Nery de Andrade para lutar contra as muitas intempéries causadas pelo assoreamento do Rio Taquari, um dos símbolos do Pantanal, são o pilar de sustentação do documentário “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”. Com direção de Jorge Bodanzky, a obra estreia em nível internacional na segunda-feira, 23 de setembro, em Bruxelas, capital da Bélgica.
O filme, que evidencia a degradação gerada pelo assoreamento dos rios e suas muitas sequelas na região, encontra em Ruivaldo Nery de Andrade seu eixo central. De acordo com a produtora Mônica Guimarães, “mais do que um personagem real, ele é um homem que, junto de sua família, nunca desiste. Movido por sua intensa paixão pelo Pantanal e sabedor de sua fragilidade, Ruivaldo luta para salvar a terra onde nasceu e criou seus filhos”.
Para Bodanzky, que já conhecia a região desde os anos 60, a estreia de “Ruivaldo” ocorre em um momento muito oportuno. “Hoje, a temática ambiental está inserida na pauta das discussões tanto no nível nacional quanto no internacional”, diz, complementando que o filme registra, “de maneira muito serena e profunda, o que está acontecendo na região e as possíveis soluções para esse ecossistema tão importante como o Pantanal”.
Produzido entre março de 2018 e agosto de 2019, o documentário tem duração de 46 minutos e foi filmado em várias regiões do Pantanal. Nesses 17 meses foram realizadas seis viagens para pesquisas, entrevistas e tomadas aéreas com drone. No total, 44 profissionais estiveram envolvidos diretamente na produção, que utilizou aviões de pequeno porte, embarcações, carros e barco voadeira como meios de locomoção pelo extenso bioma.
Documenta Pantanal
O documentário integra o projeto “Documenta Pantanal”, que irá promover, nos próximos meses, uma série de lançamentos. São trabalhos que registram esse ecossistema por meio de fotos, livros e filmes que trazem a assinatura de renomados profissionais, como Luciano Candisani, Araquém Alcântara e chef Paulo Machado, além do codiretor de “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, João Farkas, que é um dos organizadores da iniciativa.
Após a première em Bruxelas o filme será exibido em escolas brasileiras e participará de festivais. Além disso, também estão previstas projeções especiais em Corumbá e Campo Grande.
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