Documentário demonstra importância da agroecologia para os brasileiros (veja o trailer)


Assista ao trailer da produção

No extremo norte da capital paulista, a iniciativa de agricultura urbana Prato Verde Sustentável educa a comunidade sobre como plantar e colher alimentos orgânicos, além de distribuir verduras e legumes produzidos ali mesmo.

A história se repete na zona rural do município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde a agroecologia é colocada em prática pela Rede Xique Xique, coletivo de mulheres com foco em economia solidária que fornece alimentos verdadeiramente nutritivos para 15 municípios da região.

Agricultura familiar já responde por um terço dos alimentos do mundo 

Essas são algumas das iniciativas com foco em produção coletiva de alimentos orgânicos, sem uso de nenhum tipo de agrotóxicos, destacadas pelo filme “Antes do Prato”, produção inédita do Greenpeace Brasil, com distribuição da O2 Play, da O2 Filmes.

O documentário chega às plataformas digitais iTunes (Apple), Vivo Play e Claro TV+ no dia 16 de outubro. Os preços do aluguel digital devem ser consultados nos serviços de streaming. A direção é de Carol Quintanilha e a produção executiva de Juliana Borges.

Comida saudável no campo

“Antes do Prato” percorre o país para dar visibilidade às pessoas que produzem comida saudável no campo, nas comunidades, periferias e assentamentos de terra, cuja produção é fundamental para garantir o equilíbrio do meio ambiente e a segurança alimentar e nutricional da população brasileira.

Ao longo do filme, a cozinheira e empresária Paola Carosella dá depoimentos sobre a importância dos alimentos e receitas regionais, tanto pelo viés nutritivo como social e cultural, e aponta como os compostos ultraprocessados prejudicam a saúde das pessoas.

ena de "Antes do Prato", documentário do Greenpeace Brasil que aponta caminhos para a superação da fome no país. Crédito: Greenpeace Brasil.
Cena de “Antes do Prato”, documentário do Greenpeace Brasil que aponta caminhos para a superação da fome no país. Crédito: Greenpeace Brasil.

“Nosso documentário mostra um horizonte mais justo, saudável e sustentável por meio da agroecologia”, afirma Mariana Campos, porta-voz do Greenpeace Brasil. “Para superarmos as crises ambiental, social, de saúde e de fome que o Brasil atravessa, é urgente fortalecer a agricultura familiar de base ecológica e acelerar a transição para um novo sistema alimentar – um que seja mais justo, democrático e que tenha como princípio as necessidades humanas, não o lucro”, completa.

Um modelo solidário e efetivo contra a fome

A agroecologia é uma ciência definida pela Embrapa como “um campo do conhecimento de natureza multidisciplinar, cujos ensinamentos pretendem contribuir na construção de estilos de agricultura de base ecológica e na elaboração de estratégias de desenvolvimento rural, tendo como referência os ideais da sustentabilidade”.

No documentário “Antes do Prato”, a agroecologia ganha vida por meio das mulheres e homens que, usando conhecimentos e tecnologias ancestrais, produzem alimentos para milhões de pessoas.

Identidade, cultura e diversidade

“A agroecologia traz a identidade, a cultura e a diversidade do local. É uma forma de nos relacionarmos com a natureza e com as pessoas”, afirma, no filme, Neneide Lima, da Rede Xique Xique e Conselheira da Cooperxique, do Rio Grande do Norte. Com exemplos como os de Neneide, o documentário mostra que a economia solidária é uma alternativa real e efetiva à indústria de ultraprocessados que não alimentam e adoecem as populações.

A apuração do documentário desconstrói a lógica de que os alimentos orgânicos são produzidos apenas em pequena escala, mostrando que iniciativas espalhadas pelo Brasil já alimentam, de forma saudável, milhões de pessoas, como o arroz produzido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em assentamento no Rio Grande do Sul.

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“Queremos que o orgânico esteja nas escolas públicas, para as crianças que ainda não têm acesso a esse alimento”, afirma, no filme, Rogério Dias, engenheiro agrônomo do Instituto Brasil Orgânico. O especialista aponta o caminho: incluir, no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal, o direcionamento para incluir orgânicos nas cestas que vêm da agricultura familiar e são oferecidas à população em insegurança alimentar e nutricional.

“A gente precisa olhar do prato para trás – de onde estão vindo os alimentos?”, questiona, em “Antes do Prato”, Elisabetta Recine, coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade de Brasília (UnB). “Essa é uma atividade ao mesmo tempo individual e coletiva que tem um profundo potencial de transformação”, aponta.

 

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