Para o Dia da Amazônia, lembrado neste domingo, 5 de setembro, os exploradores da National Geographic trazem curiosidades que você (provavelmente) não sabia sobre o maior bioma do mundo com o objetivo de reforçar a mensagem sobre a importância da conservação da região, ressaltando para o público sua grandiosidade e necessidade de preservação desse tesouro mundial.
– A Amazônia (e o Rio Amazonas) tem 10 milhões de anos. Julia Tejada, paleontóloga e exploradora da Nat Geo, conta que a origem da Amazônia está ligada à ascensão dos Andes, ou seja, sem os Andes não haveria Amazônia e/ou sua flora e fauna.
O que a crise no Pantanal e na Amazônia tem a ver com o clima
– A Amazônia é a principal fonte de biodiversidade neotropical. Segundo Julia, muitos estudos mostram que a maioria das espécies existentes em outras partes região neotropical – que se estende aproximadamente do sul do México ao sul do Brasil – teve origem na Amazônia.
– Um dos eventos mais importantes na Amazônia é o “pulso de inundação”. Fernando Trujillo, biólogo marinho e explorador da Nat Geo, conta que – graças às chuvas abundantes nos Andes – o nível dos rios pode aumentar até 15 metros verticalmente e milhares de quilômetros planos. Portanto, todas as espécies que vivem na Amazônia estão adaptadas a isso e, quando o nível da água começa a subir, os peixes, por exemplo, se preparam para fazer migrações reprodutivas.
– Um único hectare de floresta alagada pode produzir até 20 toneladas de sementes e frutas por ano, o principal alimento para muitos peixes. Ao mesmo tempo, quando a floresta atinge seu nível máximo de inundação, a maioria das árvores libera seus frutos para dispersá-los. Portanto, quando a floresta é desmatada, os peixes são diretamente afetados.
– Você sabia que os botos da Amazônia podem mudar de cinza para rosa muito intenso em poucos minutos? Fernando Trujillo menciona que os botos, assim como os humanos quando fazem atividade física, enviam muito sangue para os vasos sanguíneos periféricos para regular a temperatura. Diante disso, os humanos avermelham a pele e os botos, por outro lado, adquirem uma tonalidade muito rosa. Entretanto, nem todos eles mudam de cor e isso parece ser influenciados pelos fenótipos, também assim como nos humanos.
– Na Amazônia do Peru, a segunda maior floresta tropical da América do Sul, está o Río Hirviente, cujas águas atingem até 100°C. Rosa Vásquez Espinoza, bióloga química e exploradora da National Geographic, conta que esse rio é quente o suficiente para ferver qualquer animal que queira atravessá-lo, mas mesmo assim essas águas estão cheias de vida. Muitos microrganismos vivem no subsolo e em esteiras microbianas. Além disso, as comunidades que vivem ao longo do rio sempre usaram seus recursos para beber, cozinhar ou tomar banho, entre outras coisas.
Nasa cria plataforma que monitora desmatamento na Amazônia
Consequência da atividade humana
A Amazônia desempenha um papel crucial para o planeta porque absorve e concentra o carbono que, de outra forma, estaria na atmosfera. No entanto, essa capacidade está diminuindo como resultado do desmatamento descontrolado e das mudanças climáticas, tornando-se um emissor de carbono ao invés de um sumidouro.
A boa notícia é que nossas ações diárias podem proteger o bioma! Por exemplo, enxaguar bem os recipientes de plástico antes de descartá-los, pois os produtos químicos neles encontrados podem contaminar diferentes fontes de água, como rios, lagos e o mar e interromper o ciclo biológico da vida marinha e terrestre, comenta Rosa Vázquez Espinosa. Fernando Trujillo acrescenta que o consumo responsável e consciente é uma boa forma de evitar processos de sobre-exploração em muitos lugares do planeta, inclusive na Amazônia.