Faltando apenas uma semana para terminar as negociações climáticas em Baku, no Azerbaijão, a discussão sobre o aumento do financiamento para lidar com os impactos do aquecimento global ainda não avançou, revela a ONU News.
O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, afirmou na segunda-feira,18 de novembro, que os negociadores devem “acabar com a encenação” e firmar um novo acordo financeiro para compensar os países pelos danos causados pelo clima e pagar pela transição para as energias renováveis.
Tempo perdido
Em pronunciamento na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), Stiell pediu aos representantes dos governos que encerrem “questões menos controversas” o mais cedo possível, para que haja tempo suficiente para as principais decisões políticas.
Segundo ele, “blefes, estratégias temerárias e manuais premeditados” estão consumindo um tempo precioso e esgotando a boa vontade necessária para um resultado ambicioso.
Meta ambiciosa de financiamento
Stiell afirmou que alguns grupos de países estão “entrincheirados”, se recusando a avançar em uma questão, até que outros avancem em outra, quando o ideal seria que todos estivessem “preparados para avançar em paralelo para depois se aproximar de um ponto em comum”.
O apelo do secretário-executivo da UNFCCC Stiell ocorre depois que o secretário-geral da ONU, António Guterres, também expressou preocupação com o estado das negociações na COP29, observando que os países devem concordar com uma meta ambiciosa de financiamento climático que atenda à escala do desafio enfrentado pelas nações em desenvolvimento.
Ao se dirigir a jornalistas no Rio de Janeiro, no domingo (17), antes da cúpula do G20, o chefe da ONU disse que “agora é a hora da liderança pelo exemplo das maiores economias e emissores do mundo. Na ocasião, Guterres enfatizou que o “fracasso não é uma opção.”