Por ONU News
Um acordo histórico para proteger a biodiversidade foi anunciado no encerramento da 15ª Conferência sobre Biodiversidade (COP15), na segunda-feira, 19 de dezembro, em Montreal, no Canadá.
Os países participantes do encontro concordaram em preservar um terço da natureza do planeta até 2030 e estabeleceram metas para a proteção de ecossistemas vitais, como florestas tropicais e pântanos, e dos direitos dos povos indígenas.
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O texto adotado no Quadro de Biodiversidade Global de Kunming-Montreal inclui várias metas importantes que enquadram as ações a serem tomadas agora para deter a perda desenfreada de biodiversidade, como será o financiamento e como o progresso será monitorado e relatado.
Principais pontos:
- Manter, melhorar e restaurar ecossistemas, incluindo deter a extinção de espécies e manter a diversidade genética;
- Uso sustentável da biodiversidade, garantindo que espécies e habitats possam continuar fornecendo alimentos e água potável;
- Garantir que os benefícios dos recursos da natureza, como remédios que vêm de plantas, sejam compartilhados de forma justa e igualitária e que os direitos dos povos indígenas sejam protegidos;
- Investir e colocar recursos na biodiversidade, garantindo que o dinheiro e os esforços de conservação cheguem onde são necessários.
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Risco de novas pandemias
No encontro, cientistas alertaram que, com a perda de florestas em taxas sem precedentes e os oceanos sob pressão da poluição, os humanos estão empurrando a terra para além de limites seguros. Isso inclui o aumento do risco de doenças que se espalham de animais selvagens para populações humanas, como ocorreu com os vírus que provocam Covid-19, ebola e Aids.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PnuD), a comunidade global se uniu e concordou com um caminho ambicioso. Através da iniciativa Promessa da Natureza, PnuD, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e outros parceiros irão apoiar mais de 140 países para transformar o rumo da crise da natureza.
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Futuro próspero
Para o PnuD, o acordo é um momento histórico e pode definir um rumo para um futuro próspero em um planeta saudável, sem deixar ninguém para trás.
O líder do PnuD, Achim Steiner, acredita que parcerias nacionais, alcance global e suporte técnico são fundamentais para mobilizar a ação decisiva para enfrentar as crises planetárias. Já a diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen, elogiou a adoção do documento, considerado um primeiro passo para redefinir o relacionamento das pessoas com o mundo natural.