Neste mês, celebramos o Dia Internacional do Consumidor e o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Nessas datas, residem dois temas bastante imbricados que resultam em uma reflexão sobre o impacto do consumo nas mudanças climáticas.
Só no ano passado, no Dia do Consumidor, dia 15, o e-commerce no Brasil registrou faturamento de R$ 722 milhões, crescimento de 22% em comparação com 2021. A data acumulou cerca de 1,5 milhão de pedidos, de acordo com dados da Neotrust, empresa de monitoramento do e-commerce nacional.
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Essa tendência de aumento de consumo é fortemente estimulada pela indústria publicitária, que cria diversas estratégias para conquistar cada vez mais o consumidor, que acaba consumindo de forma inconsciente.
“O consumidor consciente é aquele que racionaliza o consumo, que leva em consideração, ao adquirir produtos, o meio ambiente, a saúde humana e animal, e relações adequadas de trabalho”, explica Augusto Cruz, advogado e consultor em governança corporativa, investimento social e ambiental privado e diversidade e inclusão nas empresas.
E a ação em cadeia de cada pessoa em agir de forma responsável em relação ao meio ambiente, à comunidade em que está inserida, e à empresa em que trabalha pode refletir positivamente na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Dados produzidos por cientistas do mundo, analisados e sistematizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), apontam que o aquecimento global deriva do efeito estufa desencadeado pelas atividades humanas.
Por isso, mais do que nunca, é preciso olhar para si e para as empresas que atuam no mercado e movem milhões de cifras ao longo dos meses.
“Precisamos adquirir produtos de empresas que adotam uma política de responsabilidade socioambiental e refletem o consumo consciente, dialogando com os consumidores que têm preocupações ecológicas em suas decisões de compra”, destaca Cruz.
Esse movimento, aliado a outros fatores, como as redes sociais, o impacto das mudanças climáticas na economia, a regulação do mercado, em face de indicadores de sustentabilidade, a exigência de investidores para adoção de boas práticas em governança corporativa, social e ambiental, traduzidas no acrônimo ASG, tem, de fato, acelerado a agenda de mudanças no modo de produção e que, sem dúvida, impactarão naquilo que é consumido.