Seja adepto do consumo consciente

Foto: Luciano Lanes/ PMPA/ Fotos Públicas

Sabia que ao longo de todo o processo de comercialização, desde a escolha das matérias-primas até o descarte final, o consumidor tem um impacto fundamental e, por essa razão, é muito importante para que qualquer mudança aconteça? Que tal aderir a essa tendência e passar a ser um consumidor consciente?

Todos são responsáveis por promover um consumo consciente e justo – para quem produz, para quem compra e para o meio ambiente. Por isso, faça a sua parte e aja como um comprador responsável. Como isso pode ser feito? Esteja atento a todos os detalhes do produto ou serviço que for consumir.

Valorize empresas responsáveis com questões socioambientais; se informe sobre todos os impactos ambientais e sociais causados pela fabricação, transporte e venda daquele produto; evite gastos desnecessários; pesquise antes de abrir a carteira; busque a melhor relação entre preço, qualidade e atitude social em produtos e serviços oferecidos no mercado; atue de forma construtiva junto às empresas para que elas aprimorem seus processos e suas relações com a sociedade; e mobilize outros consumidores para a prática do consumo consciente.

O Instituto Akatu, que é uma organização especializada em consumo consciente, elaborou seis perguntas básicas que todo o consumidor pode fazer antes de comprar algo:

1. Por que comprar?

Pergunte-se, antes da compra, se você realmente precisa do produto ou se está sendo estimulado por propagandas ou impulso do momento, que podem levá-lo a comprar mais do que necessita ou pode comprar. É importante lembrar os limites planetários e o que realmente é importante na vida de cada um. Isso muitas vezes vai significar “ter” algo não material no lugar do material, como dedicar mais tempo a atividades com a família e os amigos.

2. O que comprar?

É neste momento que definimos qual produto queremos comprar, ao analisar o que as opções disponíveis oferecem e escolhendo as características que realmente atendem às nossas necessidades. Atributos demais que nunca serão usados são puro desperdício. Busca-se definir também a qualidade e durabilidade do produto, suas características de segurança no uso e outros critérios que permitam selecionar sua escolha.

3. Como comprar?

Devo comprar à vista ou a prazo? Conseguirei manter as prestações pagas em dia? Vou comprar perto ou longe de casa? Como vou buscar e levar minhas compras? De carro, ônibus, bicicleta, a pé? Em sacolas plásticas, sacolas duráveis, caixas de papelão? Fazer compras de bicicletas no final de semana com a família pode ser divertido e uma ótima experiência para todos.

4. De quem comprar?

Ao escolher a empresa fabricante do produto a ser comprado, é importante considerar as características de produção, o cuidado no uso dos recursos naturais, o tratamento e a valorização dos funcionários, o cuidado com a comunidade e a contribuição para a economia local. Assim, o consumidor pode reconhecer com suas escolhas as empresas que melhor cuidam da sociedade e do planeta, além de atender às características definidas na etapa “o que comprar?”.

5. Como usar?

É essencial encontrarmos formas de usar de maneira consciente os produtos e serviços adquiridos de modo a evitar a troca sucessiva de itens sempre que algo novo surge no mercado ou entra na moda. Alguns exemplos: ser cuidadoso no uso, usar os produtos até o final da sua vida útil, consertá-los se quebrarem antes de pensar em comprar um novo, desligar aparelhos eletrônicos quando não estão em uso e usar apenas a água necessária nas diversas atividades domésticas.

6. Como descartar?

É o momento de se perguntar se o que se quer descartar não tem mais nenhuma utilidade, seja para você ou para outras pessoas. Caixas e embalagens podem se transformar em brinquedos para as crianças, e roupas antigas com nova costura, móveis reformados e eletrodomésticos consertados podem ser doados ou trocados. Quando realmente não houver novos usos para o produto, deve-se descartar os resíduos de maneira correta, buscando enviar o que for possível para a reciclagem. E sempre lembrar que não existe “jogar fora”: o “fora” é o nosso planeta, onde todos vivemos.

 

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