O setor empresarial brasileiro tem buscado cada vez mais desenvolver negócios sustentáveis. É o que mostra o expressivo aumento de companhias que se associaram ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Nos últimos dois anos, o salto foi de 63%, subindo de 61 empresas, em 2020, para a simbólica marca de 100 associadas – conquistada no último dia 24 de agosto.
Em 2022, sustentabilidade será prioridade para 70% das empresas
O CEBDS reúne gigantes dos mais importantes setores da economia – fazem parte do Conselho 7 das 10 maiores companhias com atuação no Brasil em receita líquida.
Entre as novas associadas em 2022 estão líderes em seus setores, como Accenture, Amaggi, Arezzo, Azul Linhas Aéreas, Bamin Mineração, Banco do Nordeste, Cargill, Grupo Pão de Açúcar+Assaí, Norte Energia, Prumo Logística, Vibra Energia e Zurich Seguros.
Novo modelo
Para o CEBDS, esse movimento reflete o interesse do empresariado pela construção de um novo modelo de desenvolvimento, que nos últimos anos tem sido associado à sigla ESG (ambiental, social e governança). Um crescimento que seja ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.
“É uma marca importante, a prova de que estamos em um momento de grande transformação. Sustentabilidade virou ‘mainstream’ e as empresas são parte da solução para um novo modelo de desenvolvimento. Precisamos repensar o crescimento econômico, e temos nesta década uma janela de oportunidade para o Brasil se tornar líder na transição para uma economia verde, capaz de gerar ganhos econômicos e sociais”, comenta Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Transformação da imagem
Essa é uma rota promovida pelo CEBDS desde sua fundação, há 25 anos, e que transformou a imagem das empresas. Na Eco-92, a mais importante conferência global sobre meio ambiente realizada até então, o setor foi muito criticado pelos impactos provocados por suas operações.
O CEBDS foi então fundado, em 1997, por um grupo de grandes empresários brasileiros, atentos aos desafios e oportunidades que a sustentabilidade trazia. Surgiu para ser o braço brasileiro dessa representação das empresas e liderar um esforço que ajudasse a transformar boas intenções em ações práticas.
A criação e consolidação do Conselho promoveu uma transformação nos negócios – tanto internamente, com a capacitação das equipes de cada companhia, quanto por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, ajudando a construir políticas públicas focadas numa agenda verde.
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Temas urgentes
Nos últimos anos, o CEBDS tem capitaneado esforços para reunir as principais vozes do setor empresarial brasileiro acerca de temas urgentes à sociedade, através de posicionamentos de impacto, como “Movimento Empresarial pela Amazônia”, “Neutralidade Climática: Uma grande oportunidade” e “Empresários pelo Clima”, documento assinado por 119 CEOs e 14 entidades setoriais em defesa de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o Brasil.
Neste ano, o Conselho publicou também a Carta Aberta aos Presidenciáveis, com 12 propostas para o país – é a terceira eleição para presidente em que isso ocorre, repetindo o que foi feito em 2014 e 2018.
