Cartilha ensina baianas e baianos de acarajé a transformar dendê em sabão

A cartilha traz um manual de como as baianas e baianos de acarajé podem aproveitar o azeite de dendê usado para transformá-lo em sabão artesanal
A cartilha traz um manual de como as baianas e baianos de acarajé podem aproveitar o azeite de dendê usado para transformá-lo em sabão artesanal

A Comissão de Emergência Climática e Inovação para Sustentabilidade da Câmara Municipal de Salvador (CMS) lançou na quarta-feira, 15 de março, a Cartilha da Baiana de Acarajé Sustentável, durante evento realizado no Memorial das Baianas, localizado na Praça da Sé.

A cartilha traz um manual de como as baianas e baianos de acarajé podem aproveitar o azeite de dendê usado para transformá-lo em sabão artesanal. A iniciativa é fruto de uma parceria da Comissão da CMS com a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

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Coordenadora da pesquisa que resultou na cartilha, Angela Machado Rocha, professora do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA (ICS), diz que cada uma das 4 mil baianas existentes hoje em Salvador geram, em média, 5 litros de óleo por dia, totalizando em 20 mil litros descartados diariamente.

Já de acordo com Rita Santos, presidente da Abam, a estimativa é que apenas 1% das baianas utilizam os resíduos para a produção de sabão, enquanto as demais descartam em bueiros ou até mesmo na areia da praia.

O resultado são tubulações entupidas, contaminação do solo e das águas marítimas e nas estações de tratamento (quando descartadas em pias).

“Queremos que a cartilha seja uma solução simples, prática e democrática para o problema ambiental que é o descarte inadequado de grandes volumes de óleo. O sabão artesanal gerado pode servir ainda para gerar uma renda extra e ativar a economia circular”, defende o vereador André Fraga (PV), presidente da comissão responsável pela cartilha.

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