Por ClimaInfo
A energia solar fotovoltaica no Brasil mantém sua trajetória de crescimento, sobretudo na produção própria de eletricidade pelo consumidor. A geração distribuída solar fotovoltaica acaba de superar a marca de 24 GW instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no país, mostram os últimos dados compilados pela ABSOLAR.
São mais de 3,1 milhões de unidades consumindo eletricidade produzida a partir de GD solar fotovoltaica, segundo a entidade. Essa energia é gerada a partir de mais de 2,1 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Energia solar já é a terceira maior fonte da matriz energética brasileira
Somente neste ano, já foram acrescentados quase 500 mil sistemas solares, que fornecem eletricidade para 671 mil novos clientes e somam quase 6 GW de capacidade instalada. Considerando os últimos 12 meses, o segmento de GD solar fotovoltaica ganhou 7,8 GW e quase 1 milhão de unidades consumidoras no país, destaca o Portal Solar.
A classe de consumo residencial é a mais representativa, com 11,7 GW de potência instalada e mais de 2,1 milhões de consumidores. Em seguida vêm os segmentos comercial, rural e industrial, com 6,7 GW, 3,5 GW e 1,6 GW de capacidade instalada, respectivamente.
Segundo a ABSOLAR, a tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.539 dos 5.568 municípios brasileiros e em todos os estados. Os líderes em potência instalada são, respectivamente, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Energia solar dobra capacidade de geração no Brasil
Em tempo 1: o gerente de projetos do IEMA, Ricardo Baitelo joga por terra a falácia de que é preciso explorar petróleo na foz do Amazonas para garantir a transição energética no Brasil. E com um argumento simples: as fontes renováveis de energia não param de crescer no país, com o aumento exponencial da produção elétrica eólica e solar.
O especialista, porém, faz uma ressalva em relação às hidrelétricas e credita parte da culpa pela seca que atinge a Amazônia aos megaprojetos de geração hídrica. “Como estamos falando de futuro, é bom lembrar que o mito de que ‘hidrelétrica é energia limpa’ ficou no século passado. Belo Monte está aí para provar isso. E o agravamento das mudanças climáticas – que impõe aos rios da Amazônia a maior seca da história e, no início do mês, levou a hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, a desligar as turbinas – reforça esse alerta”, diz ele, em artigo n’O Globo.