A Amazon está pressionando seus fornecedores “com maior emissão” — aqueles que contribuem coletivamente com 50% das emissões de gases do efeito estufa (GEE) sua cadeia de suprimentos — a demonstrar como reduzirão suas emissões, informou nesta quinta-feira, 11 de julho, Heather Clancy, do site GreenBiz.
A medida ocorre logo após a gigante da tecnologia exigir que seus fornecedores de todos os portes relatem suas emissões de gases de efeito estufa, como parte de uma atualização de seus padrões de cadeia de suprimentos no início de 2024 .
As consequências de não seguir esses planos “ao longo do tempo” podem significar que a Amazon reconsiderará uma determinada parceria com um fornecedor e buscará alternativas, afirmou a companhia em 10 de julho, por meio do seu relatório de progresso de sustentabilidade de 2023, publicado naquele dia.
“Priorizaremos nossos negócios com aqueles que fornecem seus planos e resultados em seu caminho para emissões de carbono zero”, disse o relatório.
O posicionamento da Amazon coloca a empresa na vanguarda dos esforços corporativos para colocar os fornecedores em sintonia com as suas estratégias de sustentabilidade. Contudo, especialistas ressaltam que consequências comerciais reais e suporte humano são necessários para fazer com que empresas menores respondam efetivamente.
A empresa não disponibilizou nenhum executivo para comentar.
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A Amazon não ofereceu um cronograma para tomar medidas contra a ameaça, mas também não está deixando as coisas ao acaso.
A empresa trabalha diretamente com muitos fornecedores para desenvolver roteiros de redução de emissões, de acordo com o relatório, e os está incentivando a aderir ao Climate Pledge , assinado até agora por 500 empresas que se comprometeram a atingir emissões líquidas zero até 2040.
Além disso, a equipe de sustentabilidade da Amazon transformou suas próprias melhores práticas em uma biblioteca expansiva de playbooks detalhados, estudos de caso e metodologias que está publicando no novo site Amazon Sustainability Exchange . Alguns exemplos do que você encontrará lá:
- Uma introdução sobre como medir as emissões de carbono, identificar as métricas mais importantes para o seu negócio e transformá-las em divulgações.
- Ideias para mudar para frotas elétricas, incluindo como instalar infraestrutura de carregamento.
- Recomendações para reduzir a pegada ecológica de edifícios que vão de supermercados a escritórios corporativos, armazéns e centros de distribuição.
- Um guia “iniciante” para criar uma estratégia de conservação de água.
- Dicas e recursos de eficiência energética relacionados ao fornecimento de energia renovável.
“Aprendemos muito. Poderíamos guardar esses aprendizados para nós mesmos, mas sabemos que atingir o net-zero exigirá uma ação coletiva daqueles que fornecem nossas operações”, disse a diretora de sustentabilidade da Amazon, Kara Hurst, em uma postagem de blog sobre o novo site . “E estamos em uma posição única para ajudar a impulsionar uma mudança global significativa.”
Os fornecedores precisam de recursos financeiros e educacionais
Um número pequeno, mas crescente, de empresas multinacionais com programas de sustentabilidade maduros, incluindo Ikea, Microsoft, Philips e Walmart, estão pedindo aos fornecedores que adotem metas ambientais ou de redução de emissões.
Recursos como os do novo Amazon Sustainability Exchange são úteis, mas muitos parceiros precisarão de interação individual para se envolverem ativamente, disse Jon Powell, ex-chefe global de práticas de sustentabilidade da Salesforce e agora CEO da empresa de consultoria Apex Catalytic.
“Isso exige humanos; não é possível automatizar”, disse ele.
As iniciativas mais bem-sucedidas combinam incentivos como financiamento, oportunidades de marketing conjunto ou melhores termos contratuais, com consequências por não agir, incluindo a ameaça de perder um relacionamento comercial, disse Cooper Wechkin, fundador e CEO da empresa de consultoria RyeStrategy, que desenvolveu programas de educação em sustentabilidade para diversas empresas de tecnologia conhecidas, incluindo a Salesforce.
“São necessários vários pontos de contato para que os fornecedores realmente se movam”, disse Wechkin. “Você quer que eles vejam por que essa ação importa, mas não quer que eles se ressintam disso.”
