A energia solar se tornou, recentemente, a terceira maior fonte da matriz elétrica brasileira, informou na terça-feira, 19 de julho, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Agora, esta alternativa energética renovável está a frente das termelétricas a gás natural e biomassa, e só perde para as gerações hídrica e eólica.
De acordo com a Absolar, a energia solar no Brasil conta, atualmente, com 16,4 gigawatts de capacidade aplicada.
A diferença para as fontes de gás natural e biomassa é pequena. Mas o que mais anima o setor é que, nos últimos dez anos, esse mercado só experimentou crescimento – um avanço puxado, principalmente, pela geração de energia solar nas casas, também conhecida como microgeração distribuída.
Muitas pessoas acabam optando pela instalação de placas solares para reduzir a conta de luz. Atualmente, 70% da energia solar produzida por aqui é proveniente de pequenos sistemas instalados nos telhados das residências, comércios e propriedades rurais.
Linhas de financiamento
Segundo a vice-presidente da associação que representa o setor, outro motivo para o crescimento dessa modalidade foi o aumento de linhas de financiamento no país incentivando a geração de energia solar.
“Hoje são mais de cem linhas de financiamento disponíveis para o consumidor que quer gerar a própria energia. Algumas, inclusive, permitindo que ele troque a conta de luz dele pela parcela do financiamento, e as altas da conta de luz que a gente tem visto de maneira constante desde 2015”, explicou Bárbara Rubim ao Jornal da Globo.
Outro fator também deve alavancar os números do setor ainda este ano: o marco legal da geração de energia solar.
Na prática, as empresas e consumidores que aderirem ao sistema de energia solar ainda em 2022 ficarão isentos de taxações previstas pela nova lei até 2045, ou seja pelos próximos 23 anos. A partir de 7 de janeiro do ano que vem, todavia, o consumidor que quiser gerar sua própria energia vai ser taxado.