Estudantes da UFPR participam de imersão em conservação da natureza

 

O encontro foi realizado na Fazenda Canguiri, de propriedade da UFPR, em Pinhais, e na Reserva Natural Guaricica e Reserva Natural das Águas, da SPVS, ambas em Antonina/Fotos: SPVS/Divulgação

Entre os dias 8, 9 e 10 de abril, o Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (Sindivet) e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) promoveram uma imersão em conservação da natureza com estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no litoral do estado.

O encontro foi realizado na Fazenda Canguiri, de propriedade da UFPR, em Pinhais, e na Reserva Natural Guaricica e Reserva Natural das Águas, da SPVS, ambas em Antonina.

O evento buscou transmitir aos estudantes, que já cursam os últimos anos de suas formações, conhecimentos aprofundados sobre aspectos relacionados à conservação da natureza e sua importância para a manutenção da vida na Terra, bem-estar, para o próprio exercício da profissão e também para a economia e o futuro de qualquer negócio.

Na agenda foram abordados temas como a valorização da ciência, mudanças climáticas, perda de biodiversidade, importância das áreas naturais protegidas, o conceito de produção de natureza, entre outros.

O encontro, promovido com apoio do Sindivet, teve a intenção de contribuir com uma melhor formação dos alunos no tema. Dos dez estudantes selecionados, seis são do curso de medicina veterinária da UFPR, sendo três do campus de Palotina, no Oeste do Estado. As demais vagas foram preenchidas por um estudante de biologia, um de agronomia, um de engenharia florestal e outro de gestão ambiental. Alguns dos alunos são da UFPR Litoral.

Renato Bochicchio, diretor da integra UFPR, que é a diretoria de Desenvolvimento e Integração dos Campi da Universidade, foi o responsável por fazer a seleção dos alunos que participaram da formação

Formação humanista e estímulo à valorização da natureza

Renato Bochicchio, diretor da integra UFPR, que é a diretoria de Desenvolvimento e Integração dos Campi da Universidade, foi o responsável por fazer a seleção dos alunos que participaram da formação. Ele destaca que o encontro representou uma grande oportunidade de qualificação profissional, baseada em princípios humanistas e de integralidade entre vida humana e natureza.

“Precisamos de uma educação que, cada vez mais, promova o respeito à multiculturalidade, à diversidade e estimule o desenvolvimento da cidadania. Temos de compreender o que significa, de fato, o conceito de ecologia profunda, que é a noção de que não dominamos a natureza; fazemos parte dela”, destaca.

Formação para a conservação

O conteúdo da imersão foi desenvolvido pela SPVS, em parceria com o professor Alessandro Ângelo, docente do curso de Engenharia Florestal da UFPR. Os recursos para a contratação da formação vêm do Sindivet, que espera que a experiência piloto estimule o desenvolvimento de outros encontros em parceria com mais cursos e universidades brasileiras. Contribuirão com a capacitação também dois agrônomos e dois veterinários.

Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS, explica que a entidade está aberta a promover capacitações semelhantes a pessoas, empresas e instituições de ensino que tenham interesse em apadrinhar as formações. “Embora seja um tema de relevância crítica na atualidade, estando inserido em todas as atividades humanas, na prática, ainda existe um grande vácuo na formação de profissionais no que se refere ao tema da conservação. Esta parceria inédita, que conta com a visão pragmática do atual presidente do Sindivet, Cezar Pasqualin, atende a uma demanda reprimida e que tende a se tornar lugar comum na formação de novos profissionais”, pontua.

Equipe multidisciplinar

Cezar Pasqualin complementa, lembrando a preocupação que o Sindivet teve para formar uma equipe multidisciplinar que vai participar da formação. “Nada mais interessante para um profissional, que conhecer os detalhes sobre a recuperação de uma floresta, que leva muitas décadas para se recuperar depois de degradada, mas poucos minutos para ser destruída”, diz o presidente do Sindicato, em referência à recuperação das áreas degradadas, que foram transformadas nos 19 mil hectares que integram as três Reservas Naturais que a SPVS mantém.

“Junto da SPVS, encontramos respeito, profissionalismo e planejamento. Um propósito muito claro em sempre fazer as coisas certas e alinhamento absoluto entre discurso e ação. Entramos com muita vontade e alegria nesta parceria, torcendo para que ela estimule outras ações semelhantes em breve”, conclui Pasqualin.

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