Temporada das jubartes é aberta na Bahia

Presença de Jubartes vai até outubro e pesquisadores esperam grande número de animais/Fotos: Projeto Baleia Jubarte

Elas começaram a chegar no Brasil no final de abril deste ano, sendo avistadas, primeiramente, em São Paulo. Depois, ao longo de toda a costa Sul e Sudeste, e finalmente estão chegando à Bahia para o que os pesquisadores acreditam que vai ser uma excelente temporada.

As baleias-jubarte, cuja população graças à proteção total no Brasil já chega a cerca de 20.000 animais, vêm às águas baianas para acasalar, parir e amamentar seus filhotes, e além de serem acompanhadas por cientistas elas movimentam a indústria do Turismo de Observação que acontece ao longo de toda a costa do Estado e cujos operadores estão retomando as atividades na esperança de recuperar os prejuízos com a pandemia.

Para recebê-las, as equipes de campo do Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras e que lidera a pesquisa e a conservação da espécie no Brasil há mais de três décadas, já iniciaram os cruzeiros de monitoramento. O Banco dos Abrolhos, principal área de concentração reprodutiva das jubartes no Brasil, é onde são registradas as primeiras avistagens no Estado, e os pesquisadores do Projeto estão tomando todas as precauções sanitárias para garantir que o trabalho científico possa ser executado com segurança.

A expectativa do Projeto, que também promove o Turismo de Observação como forma de gerar emprego e renda com a presença das baleias, é de que os visitantes possam avistar as jubartes durante toda a temporada reprodutiva, que vai de julho a outubro.

O Projeto Baleia Jubarte é realizado pelo Instituto Baleia Jubarte a partir de suas sedes na Praia do Forte e em Caravelas, Bahia, e em Vitória, no Espírito Santo

Grande número

Segundo o coordenador do programa de Turismo de Observação de Baleias do Projeto, o biólogo Sergio Cipolotti, “pelo que estamos observando no Sudeste, a chegada das jubartes na Bahia vai ser em grande número, e esperamos que isso ajude a movimentar a Economia das nossas comunidades costeiras que praticam o turismo de observação embarcado, sempre cumprindo todos os protocolos sanitários para assegurar uma visita segura às baleias”.

Cipolotti também ressaltou a importância da atividade para aportar dados científicos, com o embarque de pesquisadores nas operadoras parceiras do Projeto Baleia Jubarte, e para educar os turistas sobre as baleias e a conservação marinha. “Quem vê uma baleia nunca esquece, e isso cria novos defensores dos oceanos na sociedade”, ressalta.

Turismo de Observação tende a ser retomado nos próximos meses

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Turismo de Observação

Já o coordenador de Comunicação do Projeto, Enrico Marcovaldi, comemorou a expansão do Turismo de Observação ao longo da costa baiana. “Hoje temos operadoras parceiras, capacitadas por nossos especialistas, em Praia do Forte, Salvador, Morro de São Paulo, Barra Grande, Itacaré, Porto Seguro, Cumuruxatiba e Caravelas.

Muito embora o Banco dos Abrolhos, no sul do Estado, seja a maior área de concentração da espécie na temporada reprodutiva, o crescimento da população de baleias permite observá-las em todas essas localidades, um produto turístico regional cada vez mais importante.”

A lista de operadoras recomendadas pelo Projeto Baleia Jubarte pode ser consultada em www.baleiajubarte.org.br/operadorasparceiras. Na Praia do Forte, no litoral norte do estado, o Espaço Baleia Jubarte está aberto e recebendo visitantes para mergulhar no mundo das baleias, incluindo palestras pré-embarque.

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