Calcular riqueza econômica menosprezando a importância e o valor do capital natural não faz mais sentido. Por isso, a ONU está concluindo uma proposta de métrica econômica que pretende mudar a forma como os países calculam seu Produto Interno Bruto (PIB).
Assim, o custo relacionado à degradação do meio ambiente e à mudança do clima, problemas cada vez mais urgentes, será incorporado ao balanço de riquezas das economias nacionais.
Segundo Daniela Chiaretti informou no Valor, o novo sistema de contabilidade nacional pode ser aprovado pela Comissão de Estatística das Nações Unidas na próxima semana.
A intenção do novo modelo, denominado System of Environmental-Economic Accounting-Ecosystem Accounting (SEEA EA), é permitir que serviços ambientais como o fornecimento de água limpa pelas florestas em pé sejam considerados nesta equação econômica.
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O IBGE acompanhou o processo de elaboração desse sistema, representando o Brasil. Para quem quer entender melhor, vale ver a introdução que a ONU preparou.
Em tempo: as negociações climáticas da ONU estão em um impasse que pode causar mais atrasos em um calendário já bastante prejudicado pela pandemia. Na semana passada, o Secretariado da Convenção sobre Clima (UNFCCC) não conseguiu chegar a um entendimento para permitir a realização de uma rodada virtual de conversas entre os negociadores antes da Conferência de Glasgow (COP26).
Países em desenvolvimento
A maior resistência a esse formato, de acordo com o Climate Home, está nos países em desenvolvimento, que temem que a negociação virtual acabe dificultando a participação de representantes dessas nações por causa de restrições tecnológicas.
No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, segue pressionando os governos a antecipar ao menos parte das conversas em meio online para evitar perda adicional de tempo e, consequentemente, a possibilidade de um fracasso político nas negociações (ainda) presenciais na Escócia.
(Via ClimaInfo)