Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) destacou que as emissões de carbono devem cair 8% neste ano em comparação com 2019, resultado do impacto da paralisação da economia global causada pela pandemia.
No entanto, no longo prazo, a expectativa segue sendo de uma demanda crescente, que pode elevar ainda mais a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera em virtude da queima de combustíveis fósseis.
Por essa razão, a IEA defendeu que os países façam investimentos decisivos em fontes renováveis de energia para garantir que esse aumento de demanda energética não se reflita em mais emissões de carbono.
Ainda assim, mesmo a transição completa do setor energético global terá o potencial de viabilizar apenas ⅓ das reduções de emissões necessárias para que o mundo tenha emissões líquidas zero em 2050, como defendido pela ONU.
De acordo com o documento, os setores de transporte, indústria e construção respondem atualmente por mais de 55% das emissões de CO2 do sistema de energia. Com a intensificação da eletrificação, espera-se que essa fatia aumente consideravelmente nas próximas décadas.
No entanto, a eletrificação sozinha não tem condições de diminuir a pegada de carbono do sistema energético global. Por isso, o relatório também defende a importância do hidrogênio como uma alternativa de combustível limpo e potente, capaz de complementar e ampliar a descarbonização da economia.
A Reuters destacou os principais pontos do relatório.
(Via ClimaInfo)
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