Projeto doa kits com itens básicos a catadores em cidades brasileiras

O movimento já entregou 734 kits com itens de higiene pessoal em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife/Foto: Bruno Rezende

Enquanto para algumas pessoas a pandemia do Covid-19 e o distanciamento social significa não poder visitar pessoas queridas e sair de casa, para outros, esse é um momento de incertezas quanto à necessidades básicas, como ter comida na mesa ao final do dia. Esse é a realidade de muitos brasileiros, inclusive dos catadores de material reciclável.

Para esses profissionais, sua renda mensal depende do que recolhem diariamente nas ruas e, com a pandemia, não é seguro que passem muito tempo fora de casa – além do fato da quantidade de resíduos nas ruas ter caído drasticamente por conta do fechamento de lojas, restaurantes e escritórios – o que interfere no seu ganho ao final do mês.

Analisando possibilidades de ajudar os catadores a terem mais segurança em seu trabalho diário e oferecer ajuda às suas famílias, a ONG Pimp My Carroça – em parceria com empresas – desenvolveu kits que estão sendo entregues aos catadores em algumas cidades do país, desde o dia 4 de junho.

O conteúdos dos kits varia de semana a semana, dependendo do que for doado à ONG. Em geral ele contém itens como shampoo, condicionador, sabonete, creme dental, escova de dente, luva de segurança, máscara, álcool gel, sabão em pedra, capa de chuva, faixa refletiva para a carroça, entre outros. No total, já foram oferecidos 734 kits em um total de 30 eventos de entrega.

Grande diferença

Na visão de Celso Andrade, do Cataki, “embora simples, os kits fazem uma grande diferença para os catadores, que muitas vezes, não têm acesso à itens básicos, e muitos desses itens são de extrema importância para segurança deles, não só com relação ao vírus mas também ao trabalho deles no dia a dia”. O Cataki é o app criado pelo Pimp My Carroça pra que geradores de resíduos possam encontrar o profissional da reciclagem mais próximo e contratá-lo para a coleta dos seus recicláveis.

O apoio de empresas como Klabin, Positiva e até dos renomados artistas brasileiros OsGemeos foram de suma importância para que os kits fossem montados. “As doações das empresas mostra o quanto elas entendem que esse público não pode ser invisível na sociedade e merecem atenção e valorização pelo trabalho prestado a cidade”, aponta Celso.

Os kits já foram entregues nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife e o projeto continuará a ser realizado até o fim da pandemia.

Sobre o movimento Pimp My Carroça 

É um movimento que atua desde 2012 para tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade – e aumentar sua renda – por meio da arte, sensibilização, tecnologia e participação coletiva. Desde o seu início, mais de 2.000 catadores/as foram atendidos, mobilizando cerca de 1.200 grafiteiro(as) e aproximadamente de 2.500 voluntário(as) – além de 23 cooperativas de catadores que receberam mutirões de pintura. As ações do projeto foram replicadas em cerca de 50 cidades de 15 países diferentes, como Colômbia, Argentina, EUA e Marrocos. Em 2017, o Pimp My Carroça lançou o premiado app Cataki.

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