De onde vem sua comida?

O Greenpeace, em parceria com a atriz brasileira Alice Braga, lança nesta segunda-feira, 20 de julho, a série “De onde vem sua comida?”, uma jornada de três vídeos que explica a conexão entre os alimentos que consumimos, a crise climática e a destruição de florestas e outros ecossistemas em todo o mundo.

O atual sistema industrial de produção de alimentos foi moldado pelo agronegócio global, que representa uma concentração de poder corporativo que vem devorando as florestas e ecossistemas vitais do mundo, ameaçando a biodiversidade, acirrando os conflitos pela terra e agravando a crise climática.
“O aumento vertiginoso do desmatamento na Amazônia no último ano mostra que empresas e governos continuam ignorando a importância de conservar nossas riquezas naturais para o bem de toda a sociedade, para a economia do país e para o clima global”, afirma Tica Minami, diretora de Programas do Greenpeace Brasil.

“Mesmo durante a pandemia, garimpeiros, madeireiros e grileiros continuam invadindo a Amazônia, enquanto o governo brasileiro avança com seu projeto de destruição, promovendo, dia após dia, a devastação da floresta e a violência contra povos indígenas. Sem a Amazônia, não temos chances na luta contra a crise climática”, complementa.

A agricultura industrial hoje é tão grande que as emissões de gases de efeito estufa deste setor são equivalentes a de todos os carros, trens, navios, ônibus e aviões, juntos. Hoje, mais terra é utilizada para cultivar comida para os animais do que para as pessoas.

“Em todo o mundo já é possível ver os impactos da emergência climática. A pandemia da Covid-19 só expôs ainda mais as rachaduras de um sistema caótico e fora de controle que permite que as empresas e governos continuem destruindo nosso planeta de forma imprudente”, afirma a atriz Alice Braga. “A proteção de florestas e outros ecossistemas é vital na luta contra a crise climática e para manter nosso planeta seguro para nós e para as gerações futuras. Empresas e governos passaram muito tempo sem serem responsabilizados por suas ações. Chegou a hora de todos nós, juntos, defendermos nosso planeta, os direitos dos povos indígenas e o futuro que todos queremos e merecemos.”

Alta no desmatamento

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no ano passado, mais de 1 milhão de hectares de floresta foram destruídos na Amazônia, e os alertas de desmatamento mostram que, em 2020, a tendência será ainda maior. O aumento do desmatamento aponta o rastro das queimadas que, neste ano, pode coincidir com o pico da pandemia da Covid-19 na região norte, aumentando o risco de doenças respiratórias agravando ainda mais a vulnerabilidade de povos indígenas e comunidades locais, que têm sido drasticamente afetadas pelo coronavírus.

No Brasil, os efeitos da política anti-ambiental do governo Bolsonaro, são confirmados pelo aumento dos índices de desmatamento e violência no campo, com resultados negativos também para a economia do país. Empresas e investidores nacionais e internacionais vêm advertindo o governo que deixarão de fazer negócios com o Brasil caso a Amazônia e seus povos não sejam protegidos.

Na última década, muitas empresas globais prometeram proteger e restaurar nossas florestas, mas seu modelo de negócio ultrapassado continua nos levando na direção oposta. Dez anos se passaram e pouco foi feito para tornar suas operações mais responsáveis e transparentes. As empresas precisam fornecer alimentos acessíveis, de boa qualidade e sem veneno para todos nós. Os governos precisam respeitar os direitos indígenas e apoiar uma transição justa e ecológica para a sociedade. Temos uma escolha a fazer, precisamos de um sistema mais justo, que proteja as pessoas e o planeta.
Assista aos vídeos:
Episódio 1:

Episódio 2:

Episódio 3:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este post tem sinergia com, ao menos, seis dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Para saber mais sobre os ODS, clique aqui.

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