Como as mudanças climáticas têm provocado o aumento de mortes, doenças e fome no planeta

O quinquênio 2015-2019 foi o mais quente da história/Imagem: Reprodução/OMM

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou nesta terça-feira, 10 de março, um relatório que mostra as consequências das mudanças climáticas extremas em todo o mundo, como o aumento da temperatura em nível global, elevação do nível dos oceanos e derretimento do gelo.

O relatório foi lançado em Nova York pelo chefe da agência, Petteri Taalas, e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Ao falar aos jornalistas, o chefe da ONU destacou o custo humano e econômico com o efeito de secas, incêndios florestais, inundações e tempestades extremas. Guterres também ressaltou que o 2020 é um ano chave para enfrentar a emergência climática.

De acordo com o secretário-geral da ONU, o mundo “conta o custo” dessa mudança “em vidas humanas, com secas, incêndios, cheias e tempestades extremas que têm consequências mortais.” Segundo ele, não há tempo a perder quando o assunto é “evitar uma catástrofe climática”.

O ano de 2019 terminou com uma temperatura média global de 1,1°C acima dos níveis pré-industriais. Guterres disse que o mundo “está fora do caminho para cumprir as metas de 1,5°C ou 2°C que o Acordo de Paris exige.”

Temperatura

Segundo a pesquisa, o quinquênio 2015-2019 foi o mais quente da história, e o mesmo ocorreu na década passada. Desde os anos 1980, cada década tem sido mais quente do que qualquer década anterior desde 1850.

Para o chefe da ONU, a pesquisa “mostra como são urgentes as ações climáticas de longo alcance.”

As concentrações de gases de efeito estufa estão nos níveis mais altos em 3 milhões de anos, como visto em 2019. O aquecimento dos oceanos também está em um nível recorde, com temperaturas subindo no equivalente a cinco bombas de Hiroshima por segundo.

O chefe da OMM afirmou que “como os níveis de gases efeito estufa continuam aumentando, o aquecimento também continuará.” Segundo Petteri Taalas, um novo recorde anual de temperatura deve ser atingido nos próximos cinco anos.

Sinais

O especialista destacou vários sinais negativos, como o mês de janeiro, o mais quente desde que há registros. Para Taalas, o aumento da temperatura é um indicador das mudanças climáticas extremas.

O chefe da OMM ressaltou ainda a fumaça e poluentes causados por incêndios na Austrália, que causaram um aumento nas emissões de CO2, e os recordes de temperaturas registrados na Antártica e o derretimento em larga escala.

Segundo Taalas, “o nível do mar está subindo a um ritmo crescente, em grande parte devido à expansão térmica da água do mar e ao derretimento das maiores geleiras, como na Groenlândia e na Antártica.” Tudo isso “está expondo as áreas costeiras e as ilhas a um risco maior de inundações e a submersão de áreas baixas.”

Mudanças

A pesquisa também mostra os efeitos que as alterações do clima têm no desenvolvimento socioeconômico, na saúde humana, na migração, na segurança alimentar e nos ecossistemas terrestres e marinhos.

O relatório inclui informações de serviços nacionais de meteorologia e hidrologia e contribuições de especialistas internacionais, instituições científicas e agências das Nações Unidas.

Com informações da ONU News.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*