Brasil ocupa 90º lugar em ranking sobre bem-estar de crianças e adolescentes

Crianças brincam próximo a esgoto em Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro/Foto: Clarice Castro/ GERJ

Nenhum país do mundo protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças, alerta o relatório A Future for the World’s Children? (Um Futuro para Crianças do Mundo?), divulgado nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela revista médica The Lancet.

Contudo, segundo a publicação que reúne os trabalhos de 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes em todo o mundo, os menores de idade na Noruega, na Coreia do Sul e na Holanda têm maior chance de sobrevivência e bem-estar.

Dentre as nações de língua portuguesa, Portugal figura na posição 22 do índice, que compara indicadores como saúde, educação e nutrição. A seguir estão Brasil em 90º, Cabo Verde em 109º e São Tomé e Príncipe em 125.  Já o Timor-Leste aparece na posição 135, Angola em 161º, Guiné-Bissau em 166º e Moçambique na posição 170.

Nos piores cenários, entre os 180 Estados analisados, estão República Centro-Africana, Chade, Somália, Níger e Mali.

Índice de Sustentabilidade

O estudo inclui também o Índice de Sustentabilidade, o qual revela que as emissões per capita de dióxido de carbono (CO2) dos países mais desenvolvidos supera as metas nacionais definidas para serem atingidas até 2030. Entre as questões avaliadas estão equidade e diferenças de rendimentos.

Entre os países lusófonos, Portugal está em 129º lugar no ranking de sustentabilidade, o Brasil vem em 89º, Angola em 63º, Cabo Verde em 59º e São Tomé e Príncipe em 41º. Timor-Leste está em 33º lugar, Moçambique em 29º e Guiné-Bissau em 16º.

Países ricos

Entre os maiores países emissores de gás carbônico estão Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita. O documento destaca que as emissões nas economias mais ricas são feitas de forma desproporcional.

O estudo também destaca que a saúde e o futuro de crianças e adolescentes em todo o mundo estão sob ameaça.

Entre os  fatores que agravam essa situação estão a degradação ecológica, as mudanças climáticas extremas e as práticas de marketing abusivas, que promovem alimentos processados, bebidas açucaradas, álcool e tabaco.

O Brasil é destacado entre os países de renda média por investir no reforço do seu sistema de informações de saúde de rotina, como parte da reforma do sistema de saúde.

Crianças

Aos países em desenvolvimento, o documento recomenda mais ações para que as crianças vivam de forma saudável, uma vez que as emissões excessivas de carbono ameaçam o futuro desses jovens.

O estudo alerta para consequências arrasadoras à saúde infantil se o aquecimento global ultrapassar uma média de 4°C até 2100, de acordo com as projeções atuais. As consequências incluem ondas de calor extremo e proliferação de doenças como a malária e dengue, além de condições como a subnutrição.

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