Lei que regula mercado de carbono reforça relevância da IA na logística

Em 2023, a SimpliRoute, líder em roteirização na América Latina, evitou o consumo de 75 milhões de litros de combustível de seus clientes
Em 2023, a SimpliRoute, líder em roteirização na América Latina, evitou o consumo de 75 milhões de litros de combustível de seus clientes/Imagem: Reprodução/SimpliRoute

No Brasil, 9% dos gases de efeito estufa são emitidos pelo segmento de transporte, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A recentemente sancionada Lei n°15.042/2024, que regula a emissão de carbono ao instituir o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), coloca o país em destaque no cenário global e reforça a importância do setor de transporte e logística em adquirir tecnologias necessárias, como Inteligência Artificial (IA), para a redução de emissão de CO2.

“A regulamentação trazida com a implementação da SBCE destaca ainda mais a necessidade de adotarmos tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, que permitem ao setor de logística não apenas reduzir emissões, mas também contribuir diretamente para que o Brasil atinja suas metas climáticas de forma eficiente e sustentável”, explica a country manager da SimpliRoute, Javiera Lyon.

Em 2023, a SimpliRoute, líder em roteirização na América Latina, evitou o consumo de 75 milhões de litros de combustível de seus clientes, reduzindo 10 mil toneladas de CO2. A tecnologia de IA da empresa reorganiza deslocamentos com base em dados de trânsito e horários de funcionamento. Apesar disso, o estudo State of Logistics (2023) revela que apenas 23% das empresas na América Latina adotam ferramentas para mitigar emissões de CO2. ‘’Isso mostra que ainda podemos reduzir muito as emissões de gás carbono’’, reforça Javiera.

Vale destacar que os sistemas de monitoramento baseados em IA também ajudam a prever a manutenção de veículos, evitando falhas que geram desvios e paradas não planejadas. Isso prolonga a vida útil das frotas e reduz a pegada de carbono.

Além disso, a previsão de demanda é outro benefício da IA, permitindo às empresas anteciparem tendências, evitarem transportes desnecessários e aprimorarem a gestão de inventários. Isso reduz viagens, emissões e custos energéticos. “Com IA, o setor logístico torna-se mais eficiente, competitivo e sustentável, beneficiando empresas, consumidores e o meio ambiente’’, finaliza a country manager.

Entenda a nova lei

A nova lei regula a compra de créditos de preservação ambiental para compensar as emissões de gases poluentes, ou seja, medidas de conservação e recuperação de vegetação nativa geram créditos, enquanto que as emissões gerarão débitos a serem compensados. A lei institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) e divide o mercado de crédito de carbono brasileiro em dois setores, o regulado e o voluntário.

O primeiro envolve iniciativas do poder público e terá um órgão gestor responsável por criar normas e aplicar sanções a infrações cometidas pelas organizações. Já o mercado voluntário se refere à iniciativa privada, mais flexível.

A partir de agora, empresas, organizações e indivíduos podem compensar as emissões por meio da compra de créditos vinculados a iniciativas de preservação. O objetivo desse mercado é transferir o custo social das emissões poluentes para os agentes emissores, no esforço global de conter o aquecimento global e as mudanças climáticas.

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