Setor privado discute descarbonização e energia renovável na EXPOSIBRAM 2023

Painel – Energia Renovável e mudanças climáticas – crédito: divulgação
Painel – Energia Renovável e mudanças climáticas/Foto: Divulgação

O Brasil poderá ser protagonista em uma agenda verde e avançar mundialmente na transição energética. A reflexão foi feita pelo vice-presidente-executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, na abertura do painel “Energia renovável e mudanças climáticas”, realizado na terça-feira, 29 de agosto, durante o Congresso Brasileiro de Mineração. O evento acontece como parte da programação da edição 2023 da EXPOSIBRAM, o maior evento do setor da mineração do Brasil, realizado em Belém (PA).

Na mesma linha de reflexão de D’Ambrosio, o painelista Daniel Hubner, vice-presidente sênior de Soluções Industriais da Yara Brasil, acrescentou que o desafio da mudança climática é urgente e as empresas brasileiras têm que acelerar a transição energética. “O Brasil tem a sorte de ter 85% de sua matriz energética renovada e com um potencial gigante para ser explorado. Mas, para isso, é preciso o envolvimento de toda a cadeia. O governo também tem obrigações e deve se envolver nessa missão também”, argumentou.

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De acordo com o executivo da Vale, a mineração pode trazer inovações, mas isso se faz com a colaboração entre empresas e fornecedores. “É o que chamamos de ajuda mútua. As empresas de mineração, foco deste debate, têm a responsabilidade de serem protagonistas na proposta de descarbonização no país”, defendeu.

Ainda no caso da Vale, D’Ambrosio disse que a empresa pretende substituir o óleo diesel por hidrogênio e amônia verde. Atualmente, a Vale utiliza um bilhão de litros de diesel em transporte ferroviário e em caminhões. Segundo ele, o hidrogênio verde é uma forma de hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica. “O Brasil tem matriz energética para isso. Então, não faz sentido para o país não ir direto para a produção de hidrogênio verde”, questionou.

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Inovações para a descarbonização

Também integrante do painel, a head da Hydro Rein no Brasil, Marcela Jacob, informou que a empresa investe em um futuro sustentável e utiliza recursos naturais, em produtos e soluções para a descarbonização em suas operações. “Fazemos assim em todas as partes da cadeia de valor, chegando até a reciclagem. A Hydro trabalha com a meta de ser zero carbono até o ano de 2050”, informou. Para ela, as soluções só virão por meio das inovações.

Da mesma forma, Alfredo Lamego Duarte, diretor de Energia LatAm (Alcoa Alumínio) informou ao público que a companhia também tem a meta de ser livre de carbono até 2050, utilizando-se de várias tecnologias para isso. “Nós investimos em energia limpa desde a década de 90”, assegurou.

Atuou como moderador Ricardo Fonseca de Mendonça Lima, CEO do CBMM. O painel também contou com a participação de Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.

O Notícia Sustentável é apoiador editorial da Exposibram 2023.

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