Por Luciano Nascimento, da Agência Brasil
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) assinou na terça-feira, 14 de fevereiro, um acordo de cooperação técnica para redução de suas emissões de gás carbônico, um dos gases do efeito estufa mais abundantes na atmosfera.
O acordo, fechado com a Future Carbon Group, que trabalha com créditos de carbono, e a Rede Brasil de Pacto Global da ONU, tem por objetivo mapear as emissões do órgão para tornar neutra a emissão de carbono do conselho.
Últimos sete anos foram os mais quentes já registrados
O termo de parceria prevê a elaboração do inventário de emissões do CNMP, que visa quantificar as fontes de emissão de gases de efeito estufa, permitindo ao órgão conhecer e avaliar como as suas atividades institucionais impactam o meio ambiente, e identificar estratégias para contribuir no combate às mudanças climáticas.
Na avaliação do presidente do CNMP, procurador-geral da República Augusto Aras, o acordo vai auxiliar na promoção de soluções para os problemas ambientais, com o uso ampliado de tecnologia. Aras lembrou ainda que uma das funções do Ministério Público é a defesa do meio ambiente.
“A parceria ajudará a fortalecer a confiança dos cidadãos nas duas instituições que trabalharão juntas para garantir que o desenvolvimento econômico e social seja realizado de forma equilibrada e sustentável, preservando os recursos naturais e promovendo uma vida digna aos cidadãos”, disse o procurador-geral da República.
Para o representante da Future Carbon Group, Fábio Galindo, a iniciativa desperta o interesse de outros órgãos no debate da descarbonização.
“Isso engaja órgãos públicos na agenda carbono zero e revela uma forte tendência do Ministério Público brasileiro em se engajar na construção de uma economia de baixo carbono, cobrando e fiscalizando os planos de descarbonização de empresas e setores da economia do país, para que estejam em compliance ambiental”, disse.