Por que as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) são importantes?

Reserva Natural Serra do Tombador em Goiás contribui para a preservação da biodiversidade do Cerrado. Foto: José Paiva/Divulgação Fundação Grupo Boticário
Reserva Natural Serra do Tombador em Goiás contribui para a preservação da biodiversidade do Cerrado/Foto: José Paiva/Divulgação Fundação Grupo Boticário

Nesta terça-feira, 31 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

Entre seus benefícios ao meio ambiente, as RPPNs ajudam na proteção da biodiversidade local e auxiliam na expansão das áreas protegidas no país. As reservas particulares fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e podem ser direcionadas a atividades de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais, conforme previsto no seu plano de manejo.

De acordo com dados da Confederação Nacional de RPPNsexistem atualmente 1.802 reservas dessa categoria no território nacional, totalizando cerca de 821 mil hectares.

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Diferentemente das concessões de unidades de conservação públicas – como as que foram anunciadas recentemente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com seis Estados – as RPPNs são terras particulares transformadas em UCs, mas cuja titularidade continua sendo de proprietários privados. Por meio da criação e gestão de RPPNs, muitas empresas oferecem sua parcela de contribuição efetiva para a preservação da natureza.

“A partir do momento que uma RPPN é criada, a conservação será perpetuada, já que aquela área sempre será uma unidade de conservação, mesmo que a propriedade seja vendida. Esse é um legado que fica para gerações futuras e que contribui diretamente para a proteção da biodiversidade do país”, afirma Leide Takahashi, gerente sênior de Conservação da Natureza da Fundação Grupo Boticário e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

Fundação Grupo Boticário é um exemplo desse engajamento do setor privado com a conservação dos recursos naturais e proteção à biodiversidade. A instituição mantém desde 1994 a Reserva Natural Salto Morato (RNSM), localizada em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. A reserva contribui para a conservação de 2.253 hectares de Mata Atlântica, sendo reconhecida pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade.

A Fundação também mantém, desde 2007, a Reserva Natural Serra do Tombador (RNST), localizada em Cavalcante, no interior de Goiás. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a Reserva está em uma região de prioridade extremamente alta para a conservação da biodiversidade, em uma área equivalente a nove mil campos de futebol, no Cerrado brasileiro, bioma que abriga as nascentes das três principais bacias hidrográficas do Brasil.

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A partir do acordo firmado na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade (COP-15), realizada em Montreal, no Canadá, em dezembro de 2022, os países têm o desafio de proteger 30% das áreas terrestres e marítimas do planeta até o fim da década.

Atualmente, os números são de 17% e 10%, respectivamente, ainda longe da meta estabelecida no Acordo de Kunming-Montreal, firmado para tentar reverter a crescente perda global da biodiversidade.

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