Por ClimaInfo
Depois de anos com sucessivas quedas de preço, as baterias de íon de lítio utilizadas pela indústria automobilística fecharão 2022 com alta de 7%, estimou a BloombergNEF. O preço médio do item para veículos de passageiros deve ficar em US$ 151/kWh, em comparação com os US$ 141/kWh do ano passado.
O cenário no curto prazo deve continuar desafiador para o setor, já que as matérias-primas mais utilizadas na produção das baterias, como cobalto, níquel e lítio, continuam encarecendo no mercado internacional, por conta de uma capacidade limitada de fornecimento frente ao aumento significativo da demanda nos últimos anos.
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A expectativa é de que os preços voltem a cair, apenas, a partir de 2024.
De acordo com a BloombergNEF, o preço médio das baterias elétricas veiculares poderia ser ainda maior se não fosse pela adoção crescente das baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP), de custo mais baixo, que não utilizam níquel ou cobalto. As baterias LFP ganharam participação no mercado, presentes em cerca de 40% dos novos elétricos vendidos em 2022.
Ainda assim, a alta nos preços das baterias pode dificultar a adoção dos veículos elétricos pelos consumidores nos principais mercados globais, como Estados Unidos e Europa.
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Em tempo: com europeus e americanos batendo cabeça em relação aos incentivos para a indústria de carros elétricos, as empresas chinesas estão aproveitando seu know-how para assumir o papel de principal fornecedora de baterias para as montadoras europeias.
Estimativas do setor citadas pelo Financial Times indicam que a China deve assumir a liderança no mercado europeu até 2031, com capacidade de 322 gigawatts/hora de capacidade instalados, à frente de empresas dos EUA, Coreia do Sul e Suécia.